Campo Grande tem menos de 60% das crianças menores de um ano com caderneta de vacinação em dia

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) estima que apenas cerca de 58% campo-grandenses com menos de um ano estejam com a caderneta de vacinação em dia e faz um alerta no Dia Nacional da Vacinação, nesta terça-feira (17). Antes de completar um ano de vida, a criança recebe oito vacinas diferentes que são disponibilizadas pelo […]

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Vacinação de crianças (Divulgação, PMCG)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) estima que apenas cerca de 58% campo-grandenses com menos de um ano estejam com a caderneta de vacinação em dia e faz um alerta no Dia Nacional da Vacinação, nesta terça-feira (17).

Antes de completar um ano de vida, a criança recebe oito vacinas diferentes que são disponibilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Porém, segundo a Sesau, faltando pouco mais de dois meses para o final do ano, nenhuma atingiu a meta preconizada pelo Ministério da Saúde.

O cenário é um retrato da realidade apresentada em todo o país desde 2016. “Há alguns anos que temos percebido uma queda na cobertura vacinal em todas as faixas etárias, mas o que mais nos preocupa são as crianças menores, que ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente formados e estão mais suscetíveis a essas doenças que são graves e podem até evoluir para o óbito”, explica a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo.

Mutirões

Ela ainda lembra que a Sesau não tem medido esforços para facilitar o acesso às doses, colocando-as em shoppings, supermercados, pontos itinerantes e realizando plantão de vacinação aos sábados e feriados.

Para ela, um dos possíveis motivos para a queda na cobertura vacinal está justamente na redução do número de casos de doenças graves que são imunopreveníveis nos últimos anos.

“O sarampo, por exemplo, era uma doença considerada extinta no país e retornou em 2018 justamente em decorrência da queda na cobertura vacinal”, alerta.

A doença pode ser evitada através da vacina tríplice viral, que foi foco de campanha em 2022, sendo uma das duas únicas que atingiram a meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde.

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Vacinação infantil em Campo Grande (Divulgação, PMCG))

Situação preocupante

Neste ano, o mesmo imunizante é o que apresenta a maior cobertura, 70%, mas ainda é preocupação para as autoridades. O Secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, ainda reforça a necessidade de manter a caderneta em dia.

“Vacinar é a medida mais simples, barata, eficiente e eficaz de se combater qualquer doença. Nós estamos fazendo nossa parte, além de disponibilizar as doses, fazemos buscas ativas, e até levamos as vacinas para as escolas, justamente com o objetivo de proteger essas crianças”, afirma.

O secretário ainda reforça que a vacina pentavalente é uma das que possui a menor cobertura até o momento neste ano, com apenas 52,29% das crianças com menos de um ano imunizadas. O imunobiológico protege contra difteria, tétano, hepatite B, haemophilus influenza tipo b e contra a coqueluche, doença que apresenta surto no Paraguai, inclusive com casos fatais.

Onde se vacinar?

Todas as vacinas oferecidas pelo SUS estão disponíveis nas 74 unidades de saúde da Capital, as quais, em sua maioria, trabalham com horário estendido, permanecendo abertas entre 11h e 13h. “Algumas delas, inclusive, funcionam até 19h, e a sala de vacinação fica aberta todo esse período”, completa o titular da pasta.

A vacinação da criança possui um calendário fixo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que acontece conforme a idade do paciente, havendo aplicação de doses quase todos os meses até o primeiro aniversário do bebê.

Os imunizantes são ministrados em doses, e alguns deles devem ser reforçados com o passar do tempo, como é o caso da Vacina Inativada da Pólio (VIP), que é reforçada com mais uma dose, esta em gotas, aos 15 meses de idade.

Aos sábados e feriados, a vacinação também está disponível. Em esquema de plantão são pelo menos três unidades de saúde abertas entre 7h e 17h, também sem nenhum intervalo para o horário do almoço.

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