Campo Grande confirma 5 casos de raiva em morcegos e Saúde emite alerta
Animais domésticos, principalmente cães, devem ser vacinados contra a raiva todo
Priscilla Peres –
A Sesau (Secretaria Municipal) confirmou o 5º caso de raiva em morcegos, este ano em Campo Grande e emitiu um alerta epidemiológico para a doença. Desde fevereiro, o município tem intensificado a vacinação de animais domésticos e orientando moradores das regiões mais afetadas.
Dados da Sesau mostram que em 2023, foram realizados 1.195 atendimentos antirrábico humano em Campo Grande. Adultos entre 20 e 49 anos costumam ser os mais atendidos. Não há registro de casos de raiva humana em Campo Grande, até o momento.
O alerta foi emitido pelo CIEVS/CG (Centro de Informação Estratégicas em Vigilância Sanitária), como forma de alertar os profissionais da saúde sobre a situação e definir como proceder.
Ação de bloqueio em bairros
O primeiro caso de morcego positivo para a doença foi registrado no mês de fevereiro no Jardim Centro-Oeste e o segundo no começo de março no Bairro Tijuca. Nos dois casos, houve a chamada ação de bloqueio na região.
A ação de bloqueio consistem em percorrer o bairro onde o animal infectado foi encontrado, vacinando animais domésticos e orientando a população sobre como proceder. Caso alguém encontre um morcego em casa o primeiro passo é isolá-lo para evitar contato com humanos ou animais domésticos.
“O morador pode por um balde ou um pote em cima do animal para isolar ele. Em seguida o CCZ deve ser acionado”, diz a médica veterinária do Serviço de Controle da Raiva e outras Zoonoses do CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha.
No ano passado, foram registrados dois casos. O último registro da doença em humanos foi em 1968 e, em canino, em 2011.
Mantenha vacinação de animais em dia
A médica veterinária do CCZ, Maria Aparecida Conche Cunha, reforça a importância de receber os agentes e manter a vacinação dos animais para evitar a doença.
“A vacinação é a única forma de proteção contra a doença. Incurável nos animais e fatal em 100% dos casos, a doença é uma zoonose e, portanto, também pode afetar os seres humanos. A raiva é letal aos humanos e o vírus pode ser transmitido a partir da mordida, lambidas ou machucados causados por mamíferos contaminados, incluindo morcegos, cães e gatos”, disse.
No ano passado, foram registrados dois casos. O último caso de raiva humana no município foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último surto ocorreu 1988. Após 23 anos, ocorreu um caso isolado em 2011 de raiva canina, cujo cão adquirira a doença por meio do contato com um morcego contaminado com o vírus.
Os números do CCZ para contato são (67) 3313-5000 ou 3313-5001. Para atender esses tipos de situação, a unidade está aberta todos os dias até às 21h.
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