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Cotidiano

Câmara de SP usa estudos de professor da UFGD para embasar troca de nome de avenida

Nome de avenida que pode ser trocado é de homem conhecido como 'Terror dos Índios', personalidade estudada pelo docente
Fábio Oruê -
avenida
Avenida Pedroso de Morais (Foto: Reprodução/Google Maps)

Em junho de 2022, o Brasil e o mundo foram surpreendidos com o assassinato do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que estavam trabalhando com o registro e a denúncia de atividades ilegais de garimpo, e na Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.

Entre as diversas ações de repúdio a este episódio de violência na Amazônia, a vereadora Erika Hilton apresentou, à Câmara Municipal de São Paulo (SP), o Projeto de Lei 496/2022 de 02/8/2022, propondo a mudança do nome da Avenida Pedroso de Morais para Avenida Bruno Pereira.

No PL, a vereadora citou as palavras do professor Manuel Pacheco, da Faculdade de Educação da UFGD (Universidade Federal da Grande ) na reportagem intitulada “Os implacáveis desbravadores do Brasil”, publicada na Revista Aventuras na História.

De acordo com Manuel, Pedroso de Morais foi um bandeirante paulista que escravizou e matou muitos indígenas, tendo sido conhecido, em seu tempo, como “Terror dos Índios”. “Foi um, dentre incontáveis outros paulistas que matou e escravizou indígenas no Brasil Colonial”, descreve o docente da UFGD.

Homenagem

O professor entende que a troca do nome da avenida é uma ação importante. “A homenagem passará ao nome de um homem que se dedicava à causa indígena e foi covardemente assassinado ao fazer isso”, analisa Manuel. O Projeto de Lei segue em trâmite na Câmara Municipal de São Paulo.

O docente da UFGD desenvolveu suas pesquisas de mestrado e doutorado investigando a prática da caça ao índio e sua subsequente escravização. No mestrado, sob o ponto de vista da História da Motricidade/Atividade Física (UFMS) e no doutorado analisando a História da Educação (UNIMEP).

As pesquisas resultaram na publicação de diversos artigos e também de três livros: ‘Motricidade e Corporeidade no Brasil Colonial: , índios e jesuítas’; ‘Heróis nos livros didáticos: bandeirantes paulistas‘ e ‘A Escravização Indígena e o Bandeirante no Brasil Colonial‘.

Assassinato de Bruno e Dom

O duplo assassinato evidenciou a carência de políticas públicas visando a garantir a segurança ambiental e dos povos tradicionais que habitam áreas de preservação ambiental brasileiras e, sobretudo, as áreas indígenas.

Bruno foi morto com três tiros – um deles pelas costas. Já Dom foi assassinado apenas por estar junto com Bruno no momento do crime. As mortes teriam sido no mesmo dia em que a dupla desapareceu, em 5 de maio de 2022.

A (PF) concluiu que Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, é o mandante das mortes. Em outubro, Colômbia havia sido posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

Em dezembro, no entanto, ele foi novamente preso pela PF por ter violado as condições impostas para sua liberdade provisória. Segundo a PF, ao longo da investigação foram identificados vários indícios da participação de Colômbia como mandante do crime.

Fontes disse que o conjunto probatório, formado por diversos laudos periciais, permitiu à polícia apontar Colômbia como o mandante.

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