Avenida Nasri Siufi vira lixão a céu aberto e dor de cabeça para moradores: ‘jogam tudo aí’

Moradores contam que ciclovia e pista de caminhada ficaram quase inutilizáveis

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(Nathalia Alcântara, Midiamax)

A Avenida Dr. Nasri Siufi, em Campo Grande, virou um lixão a céu aberto com depósito de entulhos, restos de árvores, plásticos, pneus, roupas e até animais mortos. 

A situação é motivo de dor de cabeça para os moradores que veem o espaço ser tomado por lixo e usuários de drogas atraídos pelo “esconderijo” do barranco e das árvores que margeiam a avenida que liga o macroanel à Avenida Duque de Caxias, passando por bairros como Coophavilla e Tarumã. 

O aposentado Francisco Teixeira dos Santos, de 73 anos, mora na mesma casa há 30 anos e conta que os problemas começaram quando a chácara na região foi transformada em avenida.

A fonte do lixo, na opinião do aposentado, é de usuários que aceitam fazer limpeza de terrenos de moradores por valores baixos para alimentar o vício. “Vem gente de tudo quanto é lado, a troco de R$ 1 eles limpam e jogam tudo aí”, afirma. 

Presença de usuários de drogas vira motivo de insegurança para moradores. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Ele acrescenta que até a pista de caminhada que margeia a avenida ficou quase inutilizável devido ao sentimento de insegurança. “Antigamente as mulheres faziam caminhada, mas agora nenhuma passa por aqui por causa do medo”, ele recorda.

O Midiamax mostrou, no início de junho, que o lixo ao longo da avenida também obstrui as ciclovias e obriga os ciclistas a dividir espaço com motoristas e ficam vulneráveis a acidentes.

O filho do senhor Francisco, Anderson Leal dos Santos, de 41 anos, afirma que a situação se agravou há cerca de cinco anos. “A Prefeitura vem e limpa, mas depois tá sujo de novo”, aponta. 

Já o proprietário de um bar no bairro Tarumã, João Batista, reclama que muitos moradores da região fazem do local depósito de lixo. “Esses carroceiros conseguem fazer um frete, cortam árvores e jogam aqui”, afirma.

O sentimento de insegurança é tão grande que o microempresário não se arrisca a deixar o bar aberto até tarde. “Eu evito ficar depois das 19h”, diz. 

William Maciel de Aquino, que mora mais adiante na avenida, no bairro Coophavila II, diz que perto de casa jogam animais mortos e o cheiro fica insuportável, especialmente para ele que trabalha com venda de salgados. 

“Não adianta falar que gera briga com o pessoal que vem jogar lixo”, pondera. 

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