Após dias enfrentando baixa umidade do ar e calor extremo, a frente fria influenciou a queda de temperaturas e ocorrência de chuvas em Mato Grosso do Sul. Nas últimas 24h, o Estado se classificou como mais chuvoso do Brasil nas últimas 24h.

A posição é de Água Clara, que registrou acumulado de 96,2 milímetros na cidade. A situação diverge do cenário da última sexta-feira (17), quando a região ficou entre as mais quentes do país, com calor de 41,9°C, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Houve volume considerável no interior do Estado, conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). A cidade de Pedro Gomes fica em segundo lugar na lista estadual entre as mais chuvosas, com 54 milímetros, em seguida está Coxim (54 mm) e Bandeirantes (45,6mm).

Em algumas regiões, como em Campo Grande, houve chuva fraca e rápida, mas suficiente para reduzir a sensação térmica. Cassilândia marcou volume de 5,8 mm e Aquidauana 6 mm.

Temporal causou danos

Temporal que atingiu a cidade de Ribas do Rio Pardo, localizada a 92 km de Campo Grande, abriu uma enorme cratera no final da Avenida Alentino Souza Oliveira, na noite deste domingo (19).

Devido ao grande volume das chuvas, a rua não asfaltada não resistiu e a terra cedeu. O buraco aberto no meio da via foi tão grande que uma caminhonete modelo Chevrolet e uma Saveiro Robust foram engolidas pela cratera.

Mais chuvas

O Estado está no radar de chuvas nas próximas horas, de intensidade fraca a tempestade com raio, rajadas de vento e queda de granizo. O Inmet diz que o volume de chuva varia de 20 a 100 milímetros por dia, acompanhando ventos de 40 a 100 km/h.

O Cemtec explica que as instabilidades acontecem devido ao intenso fluxo de calor e umidade vindo da Amazônia, aliada à atuação de uma frente fria oceânica. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sob o Paraguai e deslocamento de cavados favorecem a formação de nuvens e chuvas.