Após denúncia de vazamento, instituto diz que candidato ‘mal-intencionado’ descumpriu edital
Prova para seleção de professores para atuar na Rede Estadual de Educação foi aplicada neste domingo
Karina Campos –
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O Instituto Avalia, responsável pela aplicação da prova de seleção para professores do magistério na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul, negou que houve vazamento da prova, mas confirmou que um candidato “mal-intencionado” descumpriu as regras do edital que proibia sair com o material do local da aplicação, neste domingo (17).
O vazamento denunciado pelos candidatos não ocorreu antes do início das provas, mas sim no decorrer do certame.
Em nota, o instituto diz que não teria tido vazamento da prova ou quebra de sigilo. O instituto afirma que o material permaneceu sob guarda e escolta. Outro ponto em que a responsável afirma é que não houve escaneamento da priva dentro da sala de aula.
“O que ocorreu é que, decorrido mais da metade do tempo de prova, uma pessoa mal-intencionada, descumprindo o edital e as instruções recebidas, conseguiu sair com um exemplar das provas e compartilhá-la nas redes sociais. O edital do concurso vedava a saída com as provas em todas as hipóteses, sedo que elas deveriam ter sido entregues aos fiscais de sala, o que foi efetivamente avisado a todos os candidatos antes do início das provas, tendo o Instituto Avalia fornecido folha para anotação de respostas”, diz o comunicado.
A autoria da publicação da prova escaneada será investigada pelo Avalia e a SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização). O responsável deve ser penalizado na área civil e criminalmente por conduta criminosa perpetrada, previstas no artigo 155, que configura furto qualificado por destreza, e o 311-A, inciso I, a fraude em certame de interesse público, que, se somados e agravados, totalizam uma
pena superior a 8 anos de prisão, além de multa.
No dia da aplicação, havia, no mínimo, dois fiscais que acompanhavam as movimentações dos candidatos. A Avalia diz que os fiscais passaram por treinamento no dia anterior ao exame, com “claras instruções quanto ao porte de aparelhos eletrônicos e revista de utensílios para água ou alimentação, sendo, portanto, equivocadas e maliciosas as afirmativas contrárias”.
“Reforçamos que a má atitude dessa pessoa não coloca em risco a lisura do certame, uma vez que era impossível a comunicação dos candidatos em sala com o meio externo. Afirmamos isto, uma vez que todos os candidatos que, eventualmente, saíram para os banheiros passavam duas vezes por detectores de metais, e nenhum candidato em sala de prova poderia portar algum meio de comunicação, devendo estar com seu aparelho de telefonia móvel desligado e lacrado em embalagem fornecida pelos fiscais de sala. Informamos ainda que os aparelhos que porventura tocaram acarretaram a imediata desclassificação do candidato no certame. Tal atitude criminosa não ficará impune”.
Já a SAD informou que o “Governo de Mato Grosso do Sul vai apurar, junto ao instituto responsável pela realização das provas, todas as denúncias, e, havendo eventual comprovação de irregularidades, tomará medidas cabíveis”.
Vazamento da prova
De acordo com candidatado, antes mesmo do fim da prova – que se encerraria às 17h15 – o caderno de questões já estava escaneado e circulando em grupos de troca de mensagens. “A prova termina 17h15 e não poderia, em hipótese alguma, sair com a prova. A prova está amassada, provavelmente do lixo”, disse um professor ao Jornal Midiamax.
Edital previa que o próprio Instituto Avalia, banca organizado do certame, ofereceria um rascunho para que os candidatos anotassem as respostas para conferir o gabarito preliminar posteriormente. Isso porque a prova não poderia ser levada embora.
A prova escrita objetiva teve duração de 3 horas, a partir de 14h15, em Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas. Essa era apenas uma das etapas do Processo Seletivo da SED.
Edital suspenso em Campo Grande
O Instituto Avalia também é responsável pelo concurso público de provas e títulos para cargo efetivo de professor municipal, edital 1/2023, da Semed (Secretaria Municipal de Educação). Recentemente, o processo foi suspenso por erro na emissão do boleto da taxa de inscrição seleção.
Em nota, a Prefeitura de Campo Grande esclareceu que as inscrições do concurso não foram abertas “em decorrência de uma falha de comunicação de dados compartilhados para que seja a confirmado o pagamento das inscrições”.
Portanto, o novo edital que alterou os prazos da seletiva, que prevê 323 vagas, com salário inicial de R$3.671,07 para uma carga horária de 20 horas semanais. Conforme o edital, há reserva de vagas para candidatos com deficiência, negros e indígenas, conforme a legislação brasileira.
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