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Cotidiano

Agetran admite tumulto em corredor da Bahia, mas diz que acidentes são ‘negligência do condutor’

Comerciantes da Rua Bahia entraram com ação pedindo interrupção das obras do corredor de ônibus
Dândara Genelhú -
corredor obras bahia
Corredor está com obras paradas e causa tumulto. (Foto: Nathalia Alcântara/Arquivo/Jornal Midiamax)

Em audiência contra a implantação do corredor de na Rua , no Centro de , a (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) admitiu tumulto no trânsito da via. Contudo, a diretora-adjunta da pasta, Andréa Figueiredo, disse que a ‘negligência do condutor’ é a responsável pelos acidentes.

Andréa prestou depoimento durante a audiência nesta quinta-feira (11) e falou em favor do município, que enfrenta ação popular movida por 11 comerciantes da via. Assim, a diretora-adjunta admitiu tumulto no trânsito da Rua Bahia.

“Hoje o trânsito na rua Bahia está tumultuado temporariamente, porque as obras foram impedidas de serem concluídas”, afirmou. Entre as preocupações dos comerciantes da via, estão os riscos de acidentes de trânsito.

No entanto, Andréa negou que o corredor tenha causado acidentes. “Os acidentes não tem haver com os corredores. Os acidentes que ocorreram foram puramente por negligência do condutor”, destacou.

Paralisação das obras

A ação é movida por 11 comerciantes que, entre os pedidos, querem a interrupção das obras do corredor da Rua Bahia. “Não somente na Rua Bahia e Cel Antonino, mas também nas demais vias onde já estão sendo implantadas este padrão de estações e ilhamentos”, solicitam.

Durante a audiência, Andréa afirmou que não atuou na produção do projeto e sim na execução. Ao juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, ela afirmou que o município realizou diversas audiências. “O processo é feito de várias etapas. O plano diretor começou em 2008 e terminou em 2009”, explicou.

Além disso, afirmou que passam pelo CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento e Urbanização) e que a Caixa Econômica Federal aprovou o projeto.

Questionada pelo advogado dos comerciantes, Marcelo Fogolin, Andréa afirmou que o projeto em si não passou por audiência. Justificou que “não há interferência de desapropriação em si” e por isso “os projetos não tiveram audiências públicas”.

Segurança

Por sua vez, os comerciantes afirmam que não houve “consideração o impacto sobre a vizinhança, segurança de pedestres, moradores, residentes e motociclistas”. A diretora-adjunta da Agetran afirmou semáforo, faixa de pedestre e botão de acessibilidade garantem segurança.

Porém, também disse que os ‘pontões’ causam maior aglomeração de passageiros, pois há “a diminuição do número de paradas”.

Andréa descarta a possibilidade de corredores do lado direito — lado em que ficam os pontos de ônibus comuns. “As estações têm no mínimo 10 metros de extensão, então eu bloquearia no mínimo 10 imóveis ali. Isso sem falar no prejuízo que teríamos em arborização”, apontou.

A parte também questionou o impacto ambiental dos corredores. No entanto, a adjunta afirma que se o projeto fosse do lado direito, “teria que retirar as árvores” e causaria danos ao meio ambiente.

Assim, comentou sobre a segurança dos condutores. Para a representante da Agência, a divisão de faixas gera mais conforto e segurança para os motoristas e motociclistas.

“Eles tem a faixa de uso deles, que são duas”, pontuou. Além disso, ressaltou a autorização do uso da faixa dos ônibus para acesso aos imóveis e conversões.

Fluxo de pessoas na rota

Andréa apontou queda do número de passageiros que passam pela Bahia. Antes eram 15 mil ao longo do dia e agora são 13 mil.

Para ela, a faixa exclusiva e corredor permite maior velocidade dos ônibus e mais viagens durante o dia. As seis linhas que passam pela rua fazem 225 viagens ao dia.

Segundo Andréa, são 31 viagens em horário de pico, com no mínimo 80 passageiros em cada ônibus. O representante do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) questionou sobre a quantidade de passageiros por hora. A adjunta não soube responder e informou que os dados calculados por dia.

Também questionou sobre a cobrança de passagem nos ‘pontões’. Então, destacou que “agilidade não é feita apenas pela bilhetagem”.

A procuradora de Campo Grande, Viviane Moro, participou da audiência nesta quinta-feira (11). “Nós vamos ter sucesso nessa ação, os benefícios dos corredores de ônibus são muito grandes. A Capital precisa, o trânsito está ruim, a gente sabe, e o número de carros cresceu demais”, afirmou após audiência.

Corredor da Rua Bahia é mais um que leva caos

Jornal Midiamax mostrou em uma série de reportagens, em dezembro de 2022, que os corredores vêm provocando caos na Capital, levantando questionamentos de moradores sobre as estações no meio das vias. O projeto, que está orçado em R$ 110 milhões e não teve ¼ executado, pode ser reavaliado, segundo a atual prefeita Adriane Lopes (Patriota).

Em outubro de 2021, o Jornal Midiamax mostrou que os comerciantes já estavam preocupados com a implantação do corredor, que extinguiria vagas de estacionamento e causaria acidentes.

Após a readequação da pista de rolamento, o fluxo de carros pareceu aumentar. Consequentemente, a paciência dos motoristas também teve que aumentar, já que o trânsito ficou mais lento no local.

Um ano depois, a reportagem voltou ao local e a prefeitura esclareceu que não houve aumento no número de acidentes. “Não houve até o momento nenhuma mudança na via que interferisse no fluxo de trânsito. A Agetran informa que não foi registrado aumento de acidentes na via”, diz a nota.

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