Ação “O Lixo Que Eu Não Quero” mobilizou cerca de 25 acadêmicos da UFMS (Universidade Federal) e mais 30 pessoas da comunidade para retirar lixo acumulado no Lago do Amor de Campo Grande. Evento, que foi promovido por acadêmicos de biologia da universidade, teve objetivo de conscientizar população sobre o prejuízo do microplástico e conseguiu retirar mais de 100 quilos de resíduo da região.

Conforme os organizadores ao Jornal Midiamax, ação está focada em reduzir a incidência do microplástico – pequenos pedaços de plástico com medida inferior a 5 mm –, bem como de outros materiais na região.

Assim, a comunidade realizou a limpeza na margem do lago e na parte externa, nas imediações da avenida Senador Fillinto Muller, para evitar que resíduos caiam de novo no lago em dias de chuva.

De plástico até escorredor de louça

João Gabriel Rocci, de 20 anos, é acadêmico de biologia e esteve presente no mutirão deste sábado. Ele contou à equipe de reportagem que os materiais mais encontrados jogados no Lago do Amor foram plástico e isopor. Porém, outros itens também foram descartados de forma irregular no local e retirados neste sábado, como isqueiro, escova de dente, escorredor de louça, cadeira e até porta.

João Gabriel
Acadêmico João Gabriel Rocci (Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

O jovem passa em frente à região todos os dias e ressalta a importância de cuidar da sua preservação. “É um cenário de muita poluição. A gente vê muitos resíduos e ninguém faz esse trabalho de limpeza. Um dos objetivos é envolver a população com projeto para evidenciar os danos do microplástico”, reforça o estudante.

Mais de 100 quilos de resíduos

O evento foi realizado em modelo de gincana. Assim, quem recolhesse mais lixo seria premiado com uma ecobag do projeto de extensão “EcoAção” da universidade e um livro de receita. Toda a limpeza resultou em 36 sacos de resíduos, além de materiais que não couberam dentro das sacolas.

A pessoa que ficou em primeiro lugar na gincana foi Willian Souza Lousada, acadêmico do 7º semestre de biologia. Sozinho, ele conseguiu recolher 58 quilos de lixo. Além disso, outras pessoas também se destacaram por retirar entre 50 e 55 quilos de resíduos, resultando numa pesagem que ultrapassa os 100 quilos de lixo. Porém, os acadêmicos ainda farão a pesagem oficial.

“Essa coleta não faz todo dia e alguém precisa fazer”, reforça Willian. A Solurb vai até o local ainda neste sábado para recolher os materiais e levar até o centro de reciclagem.

Vale ressaltar que a ação disponibilizou luvas e sacos plásticos para que a comunidade conseguisse realizar o manejo dos resíduos. Além disso, apenas os acadêmicos de biologia fizeram o recolhimento dos materiais que estavam submersos no lago.