Em apenas dois de ação nas aldeias de Dourados, que termina nesta sexta-feira (24), as equipes do Instituto de Identificação da Sejusp (Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública) superaram a marca de 200 novas cédulas de identidade RG emitidas para os indígenas.

O programa que acontece na Missão Evangélica Caiuá foi lançado na cidade na última segunda-feira (20) e envolve todas as forças de segurança do Estado, formaram-se filas na escola Francisco Meireles, onde a equipe instalou a base da Sejusp para atendimentos.

“Vim fazer o RG das meninas, muito bom isso aqui”, definiu uma moradora da aldeia Jaguapiru, lamentando apenas que o marido não vai poder trocar o documento desta vez, porque encontra-se em trabalho de colheita da safra fora da cidade.

A titular da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), delegada Ana Cláudia Malheiros, disse que durante a ação social está sendo possível agilizar registros de ocorrências e oitivas, principalmente de situações que envolvem violência doméstica e sexual no interior das aldeias.

“Ao mesmo tempo, a gente promove maior aproximação com essas famílias”, afirmou a delegada. No ano passado a DAM organizou duas forças-tarefas . A primeira aconteceu na Jaguapiru e a outra na Bororo.

Entre as pessoas que procuram pela regularização da documentação civil, há casos de quem deseja substituir o Rani (Registro Administrativo de Nascimento de Indígena), papel onde servidores da Funai lavram o nascimento das pessoas e que serve como uma espécie de protocolo para a emissão do Registro Civil.

Também há muitos adultos que buscam pela primeira via do RG, mas predomina a substituição do documento pela segunda via.

Servidores da Secretaria Municipal de Saúde e também da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) fazem atendimento aos indígenas. Mais de 150 doses de vacinas foram aplicadas em dois dias.

Durante a ação social, moradores vão receber, até o meio-dia desta sexta-feira (24), atendimento para atualização da carteira de vacinação, palestras educativas e outros serviços. Uma carreta da PRF, equipada com um auditório e estrutura de som e imagem, é o ponto focal da ação.