’60 (quarenta)’: grupo protesta contra Fapec com cartazes que mostram erros das provas
Alunos e professores foram até à Câmara Municipal de Campo Grande protestar contra a Fapec, que tem sido alvo de críticas e até de ataque hacker devido aos erros recorrentes em provas de vestibulares
Anna Gomes, Thalya Godoy –
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Dezenas de estudantes e professores lotaram o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (7). O grupo se manifesta contra os erros nas provas dos vestibulares da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).
Os processos seletivos foram organizados pela Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura). A instituição tem sido alvo de críticas nas redes sociais com as hashtags #ForaFapec e #MudaFapec. Além disso, o site da Fapec sofreu um ataque hacker do grupo Anonymous e ameaça de exposição de dados pessoais de administradores da instituição.
Os manifestantes alegam que a elaboração das provas prejudica os candidatos devido a quantidades de erros, que vão desde a falta de revisão à gabaritos com respostas incorretas.
Estudantes e professores levaram cartazes para a Câmara de Vereadores, inclusive com os erros apresentados nas provas.
Caso deve ser levado para ministro da educação
O presidente da Comissão de Educação da Casa, vereador Professor Juari (PSDB), afirmou que se reuniu com o presidente Carlão (PSB) para debater o assunto. O parlamentar adianta que o assunto deve chegar em breve ao Ministro da Educação, Camilo Santana.
“Fizemos uma reunião com o presidente Carlão e com o Secretário de Educação do Estado, Hélio [Queiroz Daher]. O encontro foi para engrossar a manifestação pelo descaso da Fapec. Eu analisei as provas e realmente não tem fundamento. Fizeram de qualquer jeito e ao meu ver a instituição deveria ser séria. Os alunos se sentiram prejudicados. Vamos engrossar esse coro para que chegue até o ministro da educação. Inclusive, já temos interlocutores fazendo o contato para que tome providências sobre o assunto”, disse.
Um dos representantes da manifestação, o professor de cursinho Hildegard Brum, disse que os manifestantes desejam que erros assim não voltem a acontecer.
“Estamos aqui para falar sobre os vários erros da prova. Estamos preocupados com isso. Nós queremos que exista uma banca que as universidades se responsabilizem para que exista uma banca que aplique provas sem problemas. O problema é recorrente e acontece desde 2018. Ano após ano com erros. Vários alunos ficaram prejudicados”, explicou.
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