Duas corujas estão chamando a atenção de pessoas que treinam em uma academia na região central de Campo Grande. Os animais têm entrado com frequência dentro do estabelecimento e transitado entre a estrutura do teto.

Conforme uma funcionária do local, os animais habitam a região desde o período de pré-vendas da academia. “Elas apareceram quando estava ocorrendo o período de pré-vendas na frente do prédio. Agora elas estão entrando e ficam lá paradas, uma de olho aberto e a outra de olho fechado em cima do ar-condicionado. Mas não deixamos ninguém mexer, ou sofrerem maus-tratos”, disse ela.

Ela afirma que acionou o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), que indicou que falasse com a PMA (Polícia Militar Ambiental). “O Cras informou que não era com eles e falamos com a PMA. Eles recomendaram que a gente aguarde ela sair à noite, e depois disso fechar a entrada na estrutura”, comentou.

O tenente-coronel da PMA, Edmilson Paulino Queiroz, informou que o recomendado é esperar os animais saírem naturalmente.

“A equipe foi lá hoje, elas estão saudáveis, se alimentando e entrando e saindo do lugar. Ali não existe risco para os animais ou pessoas, mas um certo desequilíbrio em uma situação comercial. Elas estão entrando por um buraco na arquitetura, e a empresa precisa fechar. A empresa descobriu essa entrada, se as corujas saírem hoje eles precisam tampar a entrada durante o período noturno”, explicou.

Se for necessário, a PMA já tem um plano de contingência. “Se elas não saírem nós usaremos uma estratégia com redes para pegar, porque é muito alto. Mas não temos um prazo para fazer. Essa pode ser uma ação perigosa para os animais, porque as parede são de vidros e elas podem voar contra elas, bater e morrer. O melhor é sair naturalmente, não podemos apavorar o animal”, detalhou.

Recomendações:

“De fato, esses casos ocorrem sempre por causa de uma falha no forro. As aves vão entrar e fazer ninho, se as pessoas fecharem isso não vai acontecer. Nós escolhemos ter reservas ambientais, parques lineares e temos essa qualidade de vida. Temos que apreender a conviver com essa fauna”, finalizou o coronel.