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Cotidiano

Por que terremoto na Argentina não foi sentido em MS? E quais as chances de Campo Grande enfrentar abalos sísmicos?

Conforme especialista, Campo Grande está mais sujeita a terremotos ligados a bacia do Pantanal
Fernanda Feliciano -
Terrenos públicos
Campo Grande vista de cima.

O terremoto de magnitude 6,8 que atingiu a cidade de Jujuy Province, na , na última terça-feira (10) foi sentido em diversas regiões do , como em São Paulo e Minas Gerais. Curiosamente, Campo Grande – que estaria até mais próxima do epicentro – não registrou percepção do abalo sísmico. O que explicaria isso?

Primeiramente, o abalo sísmico da noite da terça-feira, segundo o Observatório Sismológico da UNB (Universidade de ) e o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), ocorreu a uma profundidade 211,3 km. Assim, os impactos não foram notados aqui porque as ondas sísmicas passaram em grandes profundidades na área.

Foto: Reprodução/Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo)

Quem explica um pouco sobre o fenômeno é a professora da Faeng (Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia) e coordenadora do Laboratório de Sismologia da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Dra. Edna Maria Facincani.

À reportagem, ela explica que o terremoto é uma liberação de energia em que as placas tectônicas ficam comprimidas por um determinado período de tempo até que sua força aumente e faça com que ocorra um rompimento.

Assim, quando as placas se rompem, acontece uma falha que propaga ondas que podem ser sentidas na Terra. “Onde acontece o terremoto nós chamamos de hipocentro (…) Quando ela [placa tectônica] rompe, ela propaga dois tipos de onda: a onda P e as ondas S. E essas ondas se propagam pelo interior da Terra”, explicita.

“No caso do tremor que aconteceu na Argentina, por que nós não sentimos aqui? Por que essas ondas passaram em grandes profundidades”, esclarece.

Já a cidade de São Paulo sentiu tremores por ser uma bacia sedimentar mais rasa e ter um grande número de altos edifícios que contribuem para o processo de reverberação ou ressonância, que faz com que os prédios chacoalhem. “Quanto maior forem os prédios de grande tamanho, então quem está lá nos últimos andares também sente mais”, conclui Dra. Edna Maria.

Campo Grande tem chance de sofrer abalos sísmicos?

Fica a dúvida: Campo Grande tem chances de sofrer com terremotos? De acordo com a coordenadora do Laboratório de Sismologia da UFMS, Campo Grande tem – sim – chances de sofrer abalos sísmicos ligados a bacia sedimentar do Pantanal, uma das regiões mais sísmicas do território brasileiro.

“Geralmente, os sismos do Pantanal são em torno de 5 km de profundidade (…). Esses sismos mais próximos nossos da bacia do Pantanal, esses atingem, sim. Como atingiram em 2009, em 1964 e em 2015″, aponta.

Já a probabilidade de sentir tremores ocasionados na região da e Argentina, por exemplo, é baixa pelo fato das ondas passarem em grandes profundidades na região de Campo Grande, conclui a Dra. Edna Maria.

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