Depender do transporte coletivo em — cuja a concessão pertence ao — já é um transtorno diário para qualquer trabalhador. Para os estudantes do período noturno da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o problema é agravado pela falta de ônibus destinados aos bairros, após o horário oficial de saída da instituição, às 22h40.

O acadêmico de administração Gustavo Cardoso, de 22 anos, depende do transporte coletivo diariamente para se deslocar até o trabalho e a universidade. Ele é um dos alunos que compartilha do temor de perder o ônibus à noite. “Utilizo os ônibus 61, 72 e o 514 para chegar em casa. Mas se eu perder o 61 que passa às 22h30 [antes da aula acabar oficialmente] na UFMS eu não pego o último 514 que vai para o bairro”, disse ele.

Para o estudante, o Consórcio Guaicurus deveria colocar mais ônibus nas linhas que percorrem os bairros. “Os ônibus de bairro são a maior preocupação, eles passam no mínimo a cada 40 minutos e as vezes você acaba perdendo e chega por volta da 00h na sua casa. É uma situação desagradável, a maioria ali está na mesma situação. Trabalhamos o dia inteiro e dependemos de ônibus”, disse ele.

Depois de um dia inteiro de trabalho, a acadêmica de Filosofia, Janaina de Souza, de 20 anos, vive um problema semelhante em relação aos horários dos ônibus. “Moro no Aero Rancho. Tenho que sair mais cedo da aula, às 22h10, para pegar o 61, ir para o e depois o 131 que me leva até o bairro. Se eu perder esse 61 eu perco o último 131 que vai para o bairro. Aí tenho tem que pegar o corujão e chegarei por volta das 1h em casa”, disse ela.

No caso do acadêmico de administração Diogo Teodoro, 24 anos, o problema com a falta de ônibus ocorre na saída da UFMS e com as linhas de bairro. “Eu uso o ponto próximo ao lago do amor. Seria interessante se houvesse um ajuste de horário entre a liberação dos alunos e a chegada do ônibus, visto que é só o 503 que passa lá. Minha dificuldade é com as linhas de bairros. No caso, a linha 101 que vai para o bairro Aero Rancho e tem um intervalo de quase 1h. Se eu perder o 101 chegaria em casa bem próximo da meia-noite”, finalizou.

O que dizem os envolvidos

O jornal Midiamax solicitou esclarecimentos do Consórcio Guaicurus sobre o problema e a possibilidade de acrescentar novas linhas e ônibus, mas até a publicação desta matéria não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para posicionamento.

Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) também foi acionada para trazer repostas sobre a do serviço prestado pelo Consórcio e como essa situação poder ser resolvida, mas até a publicação desta matéria não obtivemos retorno. O espaço também segue aberto para posicionamento.