Sem diálogo com governo, professores instalam faixas e ameaçam paralisação na UFMS

Categoria pede reajuste salarial de 19,99%; indicativo de greve ocorreu nesta semana

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Faixas sobre paralisação foram instaladas em diversos locais do campus

A Adufms (Associação dos Docentes da UFMS) instalou faixas referentes ao indicativo de greve nos campi de Campo Grande e do Pantanal da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). No recado, a associação afirma: “se não negociar, nós vamos parar”.

A categoria pede reajuste salarial de 19,99%.

Faixa de paralisação (Foto: Divulgação)

Vale lembrar que a associação aderiu ao indicativo de greve na última quarta-feira (23). As faixas foram colocadas no dia seguinte.

Segundo a Adufms, ainda não foi definida data para a paralisação. Até o momento, as aulas ocorrem normalmente.

O movimento nacional é encabeçado pelo Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) e inclui diversos órgãos. Foi definida uma série de exigências ao governo federal, entre elas o reajuste.

Paralisação INSS

Os servidores que atuam no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pretendem realizar uma paralisação nacional na próxima segunda-feira (28) em todo o Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Os atendimentos devem ser normalizados apenas em abril.

O secretário-geral adjunto do Sintesep-MS (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Elio de Olieira, explica que o movimento é encabeçado por sindicatos de Brasília e engloba diversos órgãos federais. “Aqui no ministério do trabalho nós paramos ontem e vamos parar novamente nos dias 28, 29, 30 e 31”.

Em relação ao INSS, Elio explica que a categoria decidiu por aderir à paralisação em movimento chamado de ‘apagão’. “Como muitos ainda estão em home office, os servidores não irão logar em seus sistemas, aqui no Estado são poucos que irão aderir, mas como é um movimento nacional aqueles que tentarem logar no sistema não vão conseguir”, comentou.

A situação irá paralisar os atendimentos no INSS, o secretário-geral comenta que mesmo os que forem de forma presencial ao trabalho não terão acesso ao sistema. “Por isso pedimos à população para buscarem atendimentos após a normalização do sistema”, comentou.

Calendário da paralisação

Na última quarta-feira (23) aconteceu a Plenária Nacional das Entidades do Serviço Público Federal, que contou com a participação de mais de 240 servidores, representando entidades de servidores de todas as partes do país. A Plenária foi convocada pelo Fonasefe e pelo Fonacate e discutiu o calendário de lutas e construção da greve do funcionalismo público.

Em 18 de janeiro, os servidores federais fizeram uma manifestação em frente ao Ministério da Economia onde protocolaram a exigência de reajuste salarial.

Confira abaixo o calendário de mobilização dos servidores públicos federais:

  • 08/03 – dia internacional das mulheres – construção e participação nos atos nas cidades.
  • 09/03 – lançamento do comando nacional de construção e mobilização da greve.
  • 16/03 – dia nacional de paralisação, mobilização e greve – com um ato nacional em Brasília e atos em todo o país. Após esse dia, será dado o prazo de 7 dias para o governo negociar com os servidores, e caso o governo continue em silêncio:
  • 23/03 – início da greve nacional do funcionalismo público.

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