Durante as negociações de reajuste salarial junto aos da Reme (Rede Municipal de Ensino), a categoria aceitou a proposta de reajuste escalona de 67,13% até 2024, entretanto, encaminhará novo texto para a Prefeitura Municipal na próxima semana com reajustes

Conforme o presidente da ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Nobre, o texto que será encaminhado na segunda-feira (7) ao terá maior embasamento jurídico e com a lei do piso salarial. “Aceitamos o reajuste, [no texto] não alteramos os prazos, porcentagem, o que tem é um reajuste no texto para que dê segurança jurídica na questão do reajuste na lei”. 

A categoria busca pelo reajuste do piso nacional e querem que seja retirada do texto a condicional sobre a lei de responsabilidade fiscal. A resposta será aguardada até a quarta-feira (9).

“Caso a prefeitura não aceite na quarta-feira, terá um dia de paralisação e teremos uma assembleia para votar greve para o próximo dia 16. O texto encaminhado não dá garantia de que o piso nacional será cumprido, iremos ajustar esse texto para dar mais segurança à categoria”, disse o presidente da ACP.

Proposta escalonada

Durante as negociações de reajuste salarial junto aos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino), a Prefeitura de enviou contraproposta à categoria na noite desta quarta-feira (02). Em ofício enviado para ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), o executivo municipal oferece reajuste escalonado de 67,13%. Os professores solicitavam aumento de 36,29%, com reajustes de 5% agora em março, 20,78% em maio de 2022 e 5,06% em outubro de 2022.

Ainda segundo a administração municipal, o escalonamento será da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024 e 11,67% em outubro/2024. A ACP informou à reportagem que irá discutir a contraproposta em assembleia na próxima sexta-feira (04), às 17 horas.

Protesto

Após os professores rejeitarem as propostas encaminhadas pela prefeitura, no último dia 18 de fevereiro, centenas de educadores realizaram uma manifestação. A mobilização começou em frente ao sindicato, na rua Sete de Setembro, e foi até a Prefeitura, na Afonso Pena.

Na ocasião, uma comissão da categoria se reuniu com o Prefeito para tentar negociar o reajuste. Após quase duas horas de reunião a portas fechadas no Paço Municipal, a categoria novamente rejeitou uma nova proposta de reajuste salarial até então feita na data.

(Material atualizado para correção de informação às 12h58 de 5 de março)