A pouco mais de uma semana para o ano letivo começar, o impasse sobre o reajuste salarial entre os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e a Prefeitura de ainda continua. Nesta segunda-feira (21), o da Capital, (PSD), deve encaminhar uma nova proposta para a categoria.

Segundo o presidente da ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Souza Nobre, a proposta do município desta segunda-feira será discutida em uma assembleia que será realizada na tarde desta terça-feira (22), na sede do sindicato.

Impasse

Este já será o quarto acordo que a Prefeitura tenta realizar com os professores. Os três anteriores foram rejeitados pela categoria durante assembleias e reuniões. Os educadores se mantêm resistentes em reivindicar os 33,24% de reajuste salarial, na contramão, o município diz que não tem condições de arcar com o pedido da classe.

Propostas

No dia 8 de fevereiro, em assembleia-geral, os profissionais da educação pública da Reme rejeitaram a proposta do Executivo Municipal que queria conceder abono de natureza indenizatória, no percentual de 6,29%, aplicado sobre a remuneração de servidor PH2A. O índice era menos de R$ 200 de aumento para todos os profissionais do quadro do magistério da Reme.

No dia 14 deste mês, a prefeitura encaminhou uma nova proposta para os educadores, a qual oferecia um reajuste de 10% no salário base, sendo 5% em março e 5% em dezembro de 2022. Novamente a proposta foi rejeitada pelos professores durante uma assembleia-geral realizada no dia 15 de fevereiro.

Protesto

Após os professores rejeitarem as propostas encaminhadas pela prefeitura, na última sexta-feira (18), centenas de educadores realizaram uma manifestação. A mobilização começou em frente ao sindicato, na rua Sete de Setembro, e foi até a Prefeitura, na Afonso Pena.

Na ocasião, uma comissão da categoria se reuniu com o Prefeito para tentar negociar o reajuste. Após quase duas horas de reunião a portas fechadas no Paço Municipal, a categoria novamente rejeitou uma nova proposta de reajuste salarial. Segundo Marquinhos, além do reajuste de 10,06% a ser concedido este ano, que representa a reposição da inflação, ficaria em acordo a concessão de 11,56% de reajuste em 2023 e mais 11,56% em 2024, alcançando assim os 33,24% referentes ao piso nacional.

Já conforme o presidente da ACP, a proposta não é interessante para a categoria e ficou definido que nesta segunda-feira uma nova proposta será feita pelo Município, que terá resposta da categoria na quinta-feira (24). “O sentimento que fica é precisamos avançar, estamos abertos para diálogo, a categoria dos professores não pode ficar só com esse reajuste”, disse Lucílio logo após a reunião da última sexta-feira.