Um poste de madeira ‘segurado’ apenas por fios e sem nenhuma base está colocando em risco casas e moradores no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande. O risco só foi descoberto após uma obra de readequação da calçada.

A moradora Adriana Gasperi, de 51 anos, está travando uma verdadeira luta para conseguir arrumar o problema, desde fevereiro. Ela, que também tem um restaurante no bairro, contou ao Jornal Midiamax que a descoberta foi feita durante a construção da casa do pai, de 84 anos.

“A obra foi andando e quando a gente chegou na frente da calçada, teve que fazer o rebaixamento porque meu pai é cadeirante, então não tem como deixar tão alto. Então a gente descobriu que o poste estava podre”, relatou a comerciante.

O pedreiro rebaixou a calçada e descobriu que a parte enterrada do poste está desgastada e sem estrutura para segurar um equipamento daquele porte. “Ele está torto e vai cair”, disse à reportagem.

poste desgastado no Pedrossian
Base do poste está desgastada (Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax)

Perigo

Além do transtorno com a obra da moradia do pai, o poste de madeira oferece risco para moradores e casas ao redor, que podem ser atingidas caso a pilastra caia. Segundo a moradora, ele só não caiu por conta dos fios de energia que estão segurando.

Conforme a moradora, um casal de vizinhos tem uma filha acamada e a residência não pode ficar sem energia, já que a menina precisa de aparelhos elétricos para sobreviver. A casa deles, justamente, está na ‘rota de colisão’ do poste, que está torto.

Além dele, os outros da rua também são de madeira, mas não tiveram a calçada rebaixada, portanto, não há como saber se eles também estão com desgaste na base. Moradores temem que a situação se repita nos outros postes, colocando em risco mais pessoas e residências.

poste desgastado no Pedrossian
Outros postes da região também são de madeira (Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax)

Saga do poste de energia

Depois da descoberta, Adriana procurou a Energisa, concessionária de energia que opera em Campo Grande, buscando uma solução para o problema, mas até então não obteve sucesso.

Adriana mora ao lado da casa recém-construída do pai, mas ele ainda continua morando com a filha, já que a energia na casa ainda não foi ligada.

“Eu entrei no pequenas causas e contratei um advogado, que deu entrada em uma liminar para ligar essa luz, porque preciso colocar meu pai na casa dele”, disse ela.

Procurada, a Energisa informou que está ciente do caso e que o departamento de manutenção programou a substituição do poste para esta sexta-feira (8).