PM contém protesto de professores por reajuste em duas quadras da Afonso Pena

Trabalhadores cobram parcela de reajuste prometida na gestão de Marquinhos Trad (PSD)

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Professores da Reme em protesto em 2022 (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

O protesto de professores que exigem o pagamento de reajuste salarial prometido pelo então prefeito Marquinhos Trad (PSD) bloqueia pelo menos duas quadras da Avenida Afonso Pena, em frente ao prédio da Prefeitura de Campo Grande. Comissão composta por sindicalistas se reúne com a prefeitura Adriane Lopes (Patriota), que já assegurou reajuste de 4,78% aos trabalhadores, e faz tratativas com a categoria que exige os 10,39% acordados em março deste ano, na gestão Trad.

O bloqueio da principal avenida de Campo Grande ocorre no sentido shopping-centro. Viaturas da Polícia Militar e Guarda Municipal bloqueiam o trânsito a partir da Rua Bahia até a 25 de Dezembro.

Com isso, os trabalhadores ficaram contidos em duas quadras da avenida. O canteiro central da pista e o pátio da prefeitura estão ocupados pelos professores. Com o protesto, escolas municipais de Campo Grande estão fechadas nesta sexta-feira (25).

No início do bloqueio da avenida, equipes da Guarda Municipal solicitaram aos manifestantes o desbloqueio de parte da pista em razão do congestionamento, que chegou a três quadras. Mas os trabalhadores mantiveram a pista bloqueada.

Com isso, Campo Grande possui, na manhã desta sexta, dois pontos de concentração de manifestantes, na Afonso Pena e também na Avenida Duque de Caxias. Neste outro trecho, o protesto é de eleitores insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais. Os manifestantes estão há 26 dias acampados em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste).

A expectativa é que da reunião da comissão de sindicalistas e professores com a prefeita, saia alguma definição do reajuste. Os professores devem analisar o resultado da conversa em nova reunião nesta sexta.

Reajuste escalonado na gestão Trad

Na gestão do ex-prefeito, Marquinhos Trad (PSD), em março deste ano, foi acordada entre a ACP e o município a proposta de reajuste escalonado de 67% até 2024.

O escalonamento deverá ser da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.

A ACP estima que, para o pagamento do reajuste, seriam necessários algo em torno de R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. Como alternativa, ele menciona que os R$ 70 milhões de verba do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) poderiam ser usados. 

Professores seguem manifestação em frente à prefeitura (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Prefeita assegurou aumento de 4,78%

Em reunião com a categoria nesta semana, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) assegurou aumento de 4,78% para os professores.

Além do reajuste, Adriane Lopes sugeriu nova reunião para o próximo dia 29, para tentar chegar ao reajuste de 10,39%, valor retroativo referente a novembro, que seria o início de um escalonamento salarial prometido pelo então prefeito Marquinhos Trad (PSD).

O reajuste de 4,78% já será lançado em dezembro e, com a reunião, proposta pela prefeita, a intenção é a de discutir forma de chegar ao valor aproximado dos 10% prometido por Marquinhos.

Executivo pede alternativas

O novo secretário municipal de educação, Lucas Bitencourt, reforçou que município irá buscar alternativas para o pagamento, mas desconversou sobre a possibilidade de parcelar novamente o reajuste.

“Queremos e precisamos cumprir a lei, esse é o nosso objetivo, mas encontramos dificuldades na própria lei. Agora, a prefeitura vai montar comissões para apontar propostas e resolver a questão. Estão abertas as construções para equilibrar a receita”, finaliza.

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