Plantando ‘sementinha’, professora envolve comunidade e ensina sobre pipa e perigos; veja o vídeo
Projeto envolveu toda a comunidade escolar e conscientizou sobre os perigos do cerol, linha chilena ou qualquer outro material cortante ao fabricar este objeto
Graziela Rezende –
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As mesas foram colocadas no pátio e estavam cheias de papel de seda, palitos e cola, nesta sexta-feira (1º), na Escola Municipal Oliva Enciso, bairro Tiradentes, em Campo Grande. Em pé e muito animados, estavam os alunos, professores e alguns pais, envolvendo toda a comunidade em um projeto sobre pipas e conscientização dos perigos do cerol, linha chilena ou qualquer outro material cortante ao fabricar este objeto.
Durante a manhã, cerca de 300 alunos fizeram as pipas, após aprenderem, em todas as disciplinas, um pouco sobre o brinquedo. A disciplina de português, por exemplo, realizou a produção textual com este tema. No caso da matemática, estudantes do 2º ao 5º ano aprenderam a calcular os ângulos da pipa. Na história, a origem da Pipa, na China, além de outras aprendizagens.
“É um projeto excelente e que envolve a família na escola, algo difícil nos dias de hoje. Foi muito bacana e entre 40 a 50 pais estiveram aqui hoje. Falamos primeiro da lei ordinária estadual nº 3.436, de 2007, que proíbe o uso de cerol e depois mostramos reportagens sobre os perigos do uso”, argumentou o diretor Vilmar Benites Balbuena, de 49 anos.
Professora fala que Capital já teve 3 casos graves este ano
A professora Carmem Lúcia Dias de Andrade disse que esta é a 5ª edição do projeto ‘Divertir sem ferir’, sendo que, há 3 anos, não era colocado em prática na escola. “Este ano senti necessidade de retomar. No primeiro trimestre/2022, tivemos 3 casos graves de acidentes ocasionados pela linha do cerol e aqui na região, Lagoa Itatiaia principalmente, temos finais de semana onde os pipeiros e a grande maioria está usando cerol ou linha chilena”, lamentou.
A intenção, ainda conforme a professora, também é chamar a atenção das autoridades locais para o problema. “Precisamos dar um basta aos acidentes, muitas vezes fatais, então estamos, desde maio, trabalhando textos, criação literária, estudo da origem da pipa, nome dela em outros estados e perigos do cerol, entre outros assuntos”, explicou Carmem ao Jornal Midiamax.
Conforme a professora, o conhecimento adquirido pelos alunos são como “sementes jogadas e que devem frutificar”. “Um projeto deste não se faz sozinho. Tive apoio da direção, coordenação, alunos e professores”, finalizou.
Não devemos usar linha chilena e nem cerol, diz estudante
O estudante Pedro Canuto Correa, de 9 anos, participou do projeto e fala que “aprendeu que não devemos usar a linha chilena e nem o cerol, para não se machucar”. Com a pipa feita por ele nas mãos, diz que se orgulha a usar apenas o material correto.
O irmão mais velho dele, Artur Canuto Correa, de 11 anos, disse que gosta muito de brincar de pipa e agora sabe o quanto este material ilícito é perigoso. “Pode machucar”, fala.
Nesta sexta (1º) a escola está toda decorada, com pipas no teto, pintadas em quadros, nas paredes e também em posse dos alunos, porém, a mostra final do projeto será no próximo dia 8 de julho, com a revoada na frente da escola. Na ocasião, ainda conforme o diretor, PM (Polícia Militar) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estarão presentes, a partir das 8h.
Confira alguns momentos da comunidade nesta sexta-feira (1°):
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