Passageira perde mobilidade após acidente durante corrida e pede quase meio milhão na Justiça

Mulher de 53 anos recorreu à Justiça após sofrer lesões em um acidente causado por um motorista de aplicativo, em Campo Grande. Ela pede R$ 445,7 mil por danos morais, restituição e pensão vitalícia em processo que corre na 12ª Vara Cível da Capital.

De acordo com os autos, em 5 de fevereiro de 2021, por volta das 13h, a autora solicitou uma viagem pela Uber, do Jardim Vida Nova, com destino ao Nova Lima. Durante o trajeto, por imprudência do motorista de aplicativo, o carro se envolveu em um acidente.

De acordo com boletim de ocorrência, o veículo em que a autora estava, que deveria manter uma distância de outros no trânsito, colidiu na traseira do carro da frente, em uma rotatória. Apesar de não ser grave, a autora foi a única envolvida na colisão que precisou de atendimento médico.

Ela foi encaminhada para Santa Casa e, segundo laudo médico, teve traumatismo na coluna cervical e região lombar sem fratura. Além disso, após tratamento, apresentou dor crônica e limitação funcional da cervical e lombossacra, com perda funcional de 30%.

Indenização da Uber

A autora pede R$ 3,1 mil de restituição dos valores gastos para tratamento médico, além de danos morais de R$ 50 mil. Porém, o maior valor é da pensão vitalícia pedida à Uber.

“Para fins de atribuir valor à causa, levando-se em conta que a expectativa de vida da mulher no Brasil é de aproximadamente 80 anos, e que o Requerente possui 53 anos, temos que o pensionamento deverá perdurar por 27 anos à Autora, sabe-se que o Salário Mínimo vigente é de R$ 1.212,00 (mil duzentos e doze reais), temos que o valor a título de pensionamento vitalício é: R$ 392.688,00 (trezentos e noventa e dois mil seiscentos e oitenta e oito reais)”, justifica no autos.

O juiz Atílio César de Oliveira Júnior, da 12ª Vara Cível de Campo Grande, marcou audiência de conciliação para o dia 23 de novembro de 2022.

O que diz a Uber?

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Uber, pedindo esclarecimentos sobre o caso, mas até esta publicação a empresa não havia se manifestado. O espaço segue aberto para manifestação.