Líder de reclamação em qualquer bairro, a falta de asfalto é uma verdadeira ‘dor de cabeça’ em dias de chuva – ou em dias pós-chuva – em Campo Grande. No bairro Parati, na Travessa Antônio Batista Lima e na Rua Tenente Gabino Soilet Soares, os moradores fazem até vaquinha para conseguir por meio próprios melhorar a infraestrutura das ruas. 

A solução encontrada pelos moradores para não ‘viver no barro’ é arcar com cascalhos para espalhar na rua e amenizar a poeira, em dias secos, e lama, quando chove. Conforme André de Abreu, de 41 anos, o bairro vive uma catástrofe. 

“Eles [prefeitura] passam a patrola, mas não adianta, vira uma lama que só. Essas pedras que estão aqui foram os moradores que ratearam e jogaram para amenizar. Muitos buracos também somos nós que tapamos. Todas as gestões que passaram, nenhuma resolveu”, disse.

Para quem trabalha atendendo clientes, a situação chega a ser vergonhosa. “Falta asfalto, pelo amor de Deus. Tem um ano que estou morando aqui e é muita poeira. Me sinto constrangida de receber as clientes”, comenta a designer de moda Regilaine Costa, de 38 anos.

Victor Panziera, de 24 anos, reforça que o problema é a falta de asfalto. “Para mim o único problema é o barro. Tenho 24 anos e moro aqui desde sempre. Você vê que não tem pedra, isso tudo vira lama, o carro não para limpo e você não consegue andar a pé. Tem um cadeirante na rua, para ele fica difícil”, disse.

Maria Aparecida Rodrigues é supervisora de limpeza e diz que quando chove é um pesadelo aos moradores. “Quando chove, vem água do mato e fica tudo alagado. Fica difícil até para sair de casa porque a água toma a rua inteira. Ontem choveu o dia todo e foi difícil sair de casa, moro aqui há dois anos e acho péssimo”, afirma.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura Municipal para verificar se há planejamento de pavimentação para a região e aguarda retorno.