Redação nota mil: estudantes de Campo Grande relatam rotina ‘até dedo fazer calo’

A máxima da ‘repetição leva à perfeição’ foi levada à risca

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Estudantes de Campo Grande que tiraram nota máxima nas redações em vestibulares
Estudantes de Campo Grande que tiraram nota máxima nas redações em vestibulares

Tirar nota mil na redação não é tarefa fácil, mas com persistência e disciplina alguns alunos campo-grandenses mostraram que é possível alcançar esse objetivo. 

A estudante Ana Beatriz Sanches revela que a jornada de estudos exigiu muita disciplina, mas ver sua nota no vestibular da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) fez tudo valer a pena. “Me senti realizada, nunca imaginei que tiraria 1.000 na banca mais rígida do estado”, afirma. 

Ana Beatriz relata que sua rotina de estudos envolvia escrever 5 redações por semana e que se dedicou bastante em pontos que precisava melhorar, como fuga ao tema, gramática, pesquisa de repertório histórico para utilizar em diferentes temas e aperfeiçoamento da estrutura do texto com a ajuda de professores. 

Em relação aos dias em que se sentia desmotivada, a estudante revela que o apoio da família a ajudou muito. “Quando eu estava no quarto, meus pais e minha irmã vinham e falavam que acreditavam no meu potencial, que o 1000 iria sair. Então, acho que a resposta seria Deus e meus pais, porque era puxado, meu dedo chegou até a fazer calo, mas eu não queria desistir para me aperfeiçoar cada vez mais”, descreve. 

A estudante esclarece que ainda não alcançou o sonho de fazer Medicina, mas que vai persistir nos estudos este ano para conquistar a tão sonhada vaga no curso desejado. 

O tema da redação do vestibular da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) foi “A importância do grito de D. Pedro para o Brasil”. Confira a redação da Ana Beatriz:

A estudante Julia Marques tirou a nota máxima na redação do vestibular da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e descreve que sua rotina de estudos também envolvia treinos semanais e uma dedicação extra aos erros que eram comuns em suas redações, como ortografia, coerência e coesão do texto. “Fazia as redações todo sábado pela manhã, um dia no qual eu conseguia manter a cabeça livre para a escrita. Mantinha a frequência sempre, acaba sendo um treino muito importante”, relata.

De acordo com Julia, sua rotina de estudos era simples com a revisão de alguns conteúdos pela manhã, tarde e parte da noite, bem como uma resolução de exercícios dos temas estudados. A estudante também aponta que se dedicava a entender assuntos regionais e acredita que a prática é importante para o vestibular. “Eu comecei a ler bastante sobre pesquisadores do MS que escreviam sobre a cultura indígena, o seu cotidiano, formas de representação da sua cultura e etc. Acredito que seja muito importante a faculdade cobrar algo regionalizado, para pessoas que residem aqui terem maiores chances na realização de seus sonhos”, declara. 

O resultado final do vestibular em que Julia Marques tirou 1.000 na redação ainda não foi divulgado, mas a estudante revela que sonha em cursar Medicina e que vai prestar outro vestibular em março. A jovem afirma que pensou em tentar outros cursos como Psicologia ou Nutrição com sua nota do Enem, mas que seu desejo mesmo é cursar Medicina.

O tema de redação do vestibular da UEMS deste ano foi “Aspectos das culturas dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul”. Confira a redação de Julia neste link.

Quem também tinha a prática de fazer redações semanais é Gabriel Bogarim, que conquistou a vaga que desejava no curso de Engenharia de Software com sua nota. O estudante argumenta que para chegar ao mil na redação praticava a escrita de 1 a 2 vezes na semana e que sua maior dificuldade era organizar a estrutura do texto e colocar as ideias no papel de forma coerente. Segundo Gabriel, a dificuldade foi superada por meio da observação de outras redações com notas altas e suas organizações textuais. 

O futuro universitário relata que todo seu esforço valeu a pena. “É muito legal ver a felicidade da família, professores e amigos”, comemora.

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