Não é Fake: Fiocruz está ligando para campo-grandense e marcando visitas para estudo sobre vacinas da Covid

Fiocruz está testando a eficácia da dose fracionada de reforço em Campo Grande

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Campo-grandense desconfiou de contato, mas ônibus do projeto está no Noroeste (Foto: Fala Povo/ Midiamax e Divulgação)

A regional da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em Mato Grosso do Sul está desenvolvendo um projeto para estudar a dose fracionada de reforço para a Covid-19, em Campo Grande. A pesquisa utiliza voluntários que não tomaram a 3ª dose.

Campo-grandenses relatam que receberam ligações da Fundação, com a oferta do estudo, mas desconfiaram do intuito quando a equipe técnica tentou agendar uma visita na residência.

Porém, essa é a metodologia do projeto FraCT-CoV. O método consiste em ligar para as pessoas que tomaram somente as duas doses das vacinas da Astrazeneca, Coronavac e Pfizer, há pelo menos 6 meses.

Conforme o pesquisador que encabeça o projeto, o infectologista Júlio Croda, o grupo que trabalha no projeto da Fiocruz entra em contato com os possíveis voluntários e marca uma visita na residência para que a pessoa não precise se deslocar para nenhum lugar.

“Convidamos para participar do projeto. Ligamos para quem recebeu 2 doses e oferecemos para participar do projeto. A dose fracionada é das vacinas que já são utilizadas na rotina”, esclareceu ele ao Jornal Midiamax.

São seis telefonistas que atuam na pesquisa, fazendo esse tipo de contato, em Campo Grande. “O estudo busca verificar se as doses fracionadas possuem a mesma cobertura vacinal que uma dose cheia e gere menos efeitos colaterais que as doses inteiras causam, como por exemplo, dor de cabeça e dor no corpo”, explicou uma das integrantes do grupo, Dyenyffer Stéffany dos Santos.

Feito em Campo Grande

O projeto está atualmente atuando no Jardim Noroeste, mas vai percorrer as demais regiões de Campo Grande. Atualmente, um ônibus de apoio está estacionado ao lado do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) Hércules Mandetta, na Rua Barbacena, entre as ruas Piraputanga e Indianápolis.

Conforme a coordenadora do projeto, Patrícia Vieira, a Fiocruz vai até os bairro onde a cobertura vacinal da dose de reforço está baixa.

“Um ônibus de apoio fica ao lado da unidade de saúde do bairro em questão, onde fica a equipe médica e de farmácia. Se as pessoas que se interessarem podem se direcionar até o ônibus”, disse à reportagem.

Segundo Patrícia, não há prazo para as equipes ficarem nos bairros, já que depende da demanda de interessados. O grupo está identificado com camiseta do FraCT-CoV.

Como é a pesquisa da Fiocruz?

No projeto, os voluntários receberão uma dose de reforço completa ou fracionada das vacinas Pfizer, AstraZeneca ou Coronavac e serão acompanhados pela equipe da pesquisa por 6 meses a partir da dose de reforço.

O estudo é da Fiocruz Mato Grosso do Sul em parceria com o Sabin Vaccine Institute, Universidade Aga Khan e Universidade Stanford.

Podem participar pessoas de 18 a 60 anos que ainda não tomaram a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 e tenham recebido a 1ª e 2ª doses há pelo menos 6 meses.

Serão realizadas coletas de sangue no momento inicial, aos 28 dias, aos 3 e aos 6 meses, para medir a quantidade de anticorpos formados, com o objetivo final da Fiocruz é identificar se as doses fracionadas conferem uma resposta imune similar quando comparadas às doses completas da vacina.

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