O Governo do Estado de confirmou na manhã desta terça-feira (4) seis pacientes com “Flurona”, ou seja, infecção simultânea pelo novo coronavírus e pelo vírus influenza, causador da . Além desses pacientes, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) também confirmou a 5ª vítima fatal por Influenza A, subtipo H3N2. Conforme o boletim epidemiológico, MS já tem 91 casos confirmados de Influenza.

Os seis casos de Flurona — coinfecção por Covid-19 e Influenza — foram analisados pelo (Laboratório Central de MS) e as amostras foram enviadas para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, sendo todos os casos confirmados. Felizmente, todos os pacientes já receberam alta. Segundo a SES, porém, nenhum dos pacientes estava vacinado para a Influenza.

Os casos foram registrados em três municípios do Estado: quatro em Corumbá, dois meninos de 9 anos, um homem de 55 e um bebê do sexo masculino de cinco meses. Outros dois casos registrados foram em Dourados e Campo Grande: um rapaz de 21 anos e uma jovem de 19, respectivamente.

Flurona

A notícia de que Israel havia registrado um caso raro de infecção dupla de gripe e Covid-19 em uma mulher grávida causou preocupação. O quadro foi apelidado pela imprensa local como “flurona” — uma mistura das palavras “flu” (“gripe”, em inglês) e “corona” (de “coronavírus”). De acordo com Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'Or, esse tipo de infecção não é exceção, embora não seja comum. “A pessoa pode estar saindo de um quadro e entrar no outro já em seguida, testando positivo para os dois patógenos por um período de tempo”, explica.

Conforme o portal Viva Bem, da UOL, mesmo assim, é importante dizer que não há dados consistentes para afirmar que esse tipo de infecção combinada está aumentando, ou seja, motivo de preocupação. “No Brasil, especificamente, ainda temos uma defasagem de dados oficiais, portanto, não conseguimos dizer ao certo quantas pessoas estão de fato doentes”, lamenta Muarrek.

Como evitar?

Os cuidados são muito semelhantes aos adotados para evitar o contágio da Covid. Confira:

  • Higienizar as mãos com frequência;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; 
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não partilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; 
  • Evitar aperto de mãos, abraços e beijo social;
  • Reduzir contatos sociais desnecessários e evitar, dentro do possível, ambientes com aglomeração;
  • Evitar visitas a hospitais;
  • Ventilar os ambientes.

Vacinação

A vacinação para influenza A e seus subtipos está disponível nos postos de saúde. São considerados grupos prioritários crianças de 6 meses a 6 anos de idade. Trabalhadores de saúde, da área da segurança, das Forças Armadas, pessoas privadas de liberdade e idosos acima dos 60 anos.

Dúvidas frequentes

Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, mas a febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça. Assim como na gripe, o resfriado comum também pode apresentar complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção.

Qual a diferença da gripe comum para a “gripe A”?

O que popularmente ficou conhecida como “gripe A” é, na verdade, a gripe causada pelo vírus influenza A H1N1. Em 2009, o mundo enfrentou uma pandemia desta gripe, com grande repercussão na saúde das pessoas e sobrecarga da rede de serviços de saúde. Outro vírus influenza A que também está circulando pelo mundo é o H3N2. A vacina contra a gripe protege tanto contra o H1N1 como contra o H3N2, além de também oferecer proteção contra influenza B.

Qual o critério para a escolha dos grupos?

Os grupos prioritários são escolhidos levando em conta as pessoas com mais chances de desenvolver complicações a partir da gripe. Os critérios são construídos a partir da investigação do perfil dos casos graves e dos casos de óbito por gripe.

Qual exame deve ser feito para a comprovação da infecção por algum desses tipos da Influenza?

O exame preconizado para detecção do vírus é o Swab Combinado Naso/Orofaringe, uma coleta simples em que o produto coletado é a secreção nasal e oral do paciente. Esta é feita com swab (um cotonete um pouco maior do que o tipo utilizado em casa).