Com indicativo de greve para esta sexta-feira (7), o sindicato dos motoristas do transporte público de Campo Grande se reúne em audiência com o Consórcio Guaicurus na manhã desta quinta-feira (6) para tentativa de negociação salarial da categoria.  A audiência de mediação acontecerá no (Ministério Público do Trabalho) às 9h. 

Na segunda-feira (3), os motoristas se reuniram na sede do Sindicato dos Trabalhadores em e Urbano de Campo Grande (STTCU-CG) e por unanimidade decidiram pela paralisação do transporte para esta sexta-feira (7). 

Conforme o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, foi acordado reajuste de 17% no salário dos trabalhadores. No entanto, o Consórcio teria baixado o percentual para 11,8%. Em paralelo, o Consórcio de ônibus tenta reajustar o valor da tarifa, que atualmente é de R$ 4,20. As empresas de ônibus querem aplicar alta de 21,93%, que deixaria a passagem em R$ 5,12 na Capital.

Decisão por greve

Decisão unânime e com votação de menos de cinco minutos fez os trabalhadores do transporte coletivo em Campo Grande deliberarem por greve, que deve iniciar nesta sexta-feira. A assembleia ocorreu na segunda-feira (3), com cerca de 30 pessoas em frente à sede do STTCU-CG.

Conforme o presidente do sindicato, Demétrio Freitas, o evento ocorreu para ratificar a decisão já tomada pela categoria, cuja greve deve ser por tempo indeterminado. “São cerca de 1 mil trabalhadores entre motoristas, pessoal do terminal e administrativo. A decisão foi tomada porque o Consórcio Guaicurus não cumpriu o acordo feito em novembro deste ano e que previa um reajuste inicial de 17%”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Logo depois, o reajuste mudou para 11,8%, o que equivale à inflação. “Na época, o Consórcio alegou que não tinha condições, falando que não houve e a prefeitura estava demorando com as negociações. Nesse impasse, a categoria ressaltou que não tem relação com a prefeitura, a questão deles é com o Consórcio”, explicou o presidente. 

Outro motivo, ainda conforme Demétrio, é que o 13° salário dos trabalhadores foi parcelado. “Eles [Consórcio] nos falaram que estavam com dificuldade. Nós agora vamos manter a decisão da greve e só mudaremos o posicionamento caso eles nos informem alguma decisão nos próximos dias. Deve parar cerca de 70%, apenas os 30% vão estar nas ruas para levar os serviços essenciais, como os trabalhadores de saúde. Vamos fazer a nossa triagem nesse caso, como sempre fizemos”, finalizou.