A filha da idosa de 76 anos que foi prensada no elevador do prédio da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação), em Campo Grande, relata a preocupação com o estado de saúde da mãe, que está internada na Santa Casa.

Ainda muito nervosa com toda situação, a enfermeira Tatiana Januário, de 32 anos, diz que está no desde às 10h da manhã e até o final da tarde de hoje ainda não tinha conseguido ter contato com a mãe, o que aumenta a sua aflição.

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rapidamente chegou ao local. Foto:Henrique Arakaki

“Estou muito preocupada. Fiquei sabendo o que aconteceu por meio de colegas, mas ainda não consegui ver a minha mãe pessoalmente. Fiquei sabendo que ela está com uma fratura e agora me parece que também testou positivo para a covid. Só vou ficar mais calma quando ela me contar o que de fato aconteceu. É desesperador, minha mãe poderia não estar mais aqui”, disse a filha.

Tatiana também conta que sua mãe sempre seguiu à risca todos os cuidados contra a covid-19 e por isso, raramente saía de casa, mas nesta manhã precisou do jurídico do sindicato.

“Ela já é uma pessoa idosa e por causa da covid ela ficava mais em casa. Minha mãe é professora aposentada, teve um problema com o salário e foi até a ACP para tentar resolver o problema com os advogados de lá”, explicou.

A filha da professora também adianta que vai averiguar o que de fato aconteceu e se for preciso vai tomar as devidas providências. “Preciso analisar o que aconteceu. Dizem que faziam manutenção no elevador, mas quero laudos dos bombeiros e vou verificar tudo. No momento quero ver a minha mãe ou falar com algum médico aqui da Santa, pois até agora ainda não consegui”.

CASO

Uma mulher, de 76 anos, precisou ser corrida na manhã desta quinta-feira (3) após quase ser esmagada por um elevador no prédio da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação), em Campo Grande. Uma falha na porta fez com que a mulher entrasse no poço do elevador no momento em que a cabine descia para o térreo.

Conforme testemunhas, a cabine do elevador foi acionada no segundo andar para descer até o térreo. No momento em que a cabine descia, a vítima também acionou o elevador e a porta de segurança se abriu mesmo com o elevador ainda em movimento.

Sem perceber a falta da cabine, a idosa entrou no poço do elevador no momento em que a cabine descia para o térreo. Ao perceber a situação a mulher gritou e conseguiu chamar atenção da pessoa que estava no interior da cabine, que acionou a parada de emergência. Apesar da parada, a cabine ainda atingiu a vítima.

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Presidente da ACP, Lucílio Nobre. Foto: Henrique Arakaki

Segundo o presidente da ACP, Lucílio Nobre, presente no local, o elevador foi instalado há 10 anos e teve sua última manutenção na semana passada, “neste período nunca apresentou falhas”, comentou. Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local e socorreram a vítima que foi encaminhada para a Santa Casa.