Mato Grosso do Sul tem 23 casos ativos da doença Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. Causada por um vírus, já são 44 casos confirmados no Estado, sendo 25 de pessoas que já se curaram da doença.

Boletim Epidemiológico divulgado nesta terça-feira (04) pela secretaria estadual de Saúde, mostra que em setembro já são 30 casos suspeitos da doença. Em agosto, esse número chegou a 133.

Em Campo Grande atualmente são 32 casos confirmados, sendo 14 curados e 18 ativos. Os exames são feitos pela Fiocruz no Rio de Janeiro, por isso há demora para confirmar. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto, na maioria das vezes quando o exame confirma a doença, o paciente já está curado.

Nesta semana, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande informou que não há previsão para que pontos de testagem sejam ativados na Capital, isso porque, a implementação está dentro de plano ainda em desenvolvimento.

Já o Governo do Estado criou o COE (Centro de Operações de Emergência) para varíola dos macacos, que vai desenvolver ações integradas entre os municípios, a exemplo do trabalho feito na pandemia da covid-19.

Além de emitir comunicado de risco para todas as cidades, com orientações de como agir com a doença, o grupo implantou sala de situação para gerenciar informações e compartilhar boletins epidemiológicos. Além disso, qualificou profissionais de saúde para lidar com os pacientes e lançou campanhas publicitárias para levar informação às pessoas.

Risco iminente

Nova preocupação mundial, a varíola dos macacos ainda tem se apresentado de maneira diferente em cada paciente, apesar de todos apresentarem um sintoma em comum: feridas na pele.

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada;

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco;

• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.

Sintomas e prevenção

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.