Em um mês, casos de varíolas dos macacos se multiplicam por 5 em Mato Grosso do Sul

Com aumento da doença, saúde montou esquema de prevenção e tem apelado para que a população mantenha rotina de cuidados

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varíola dos macacos
Foto: João Luiz Bulcão, Redux

Somente em agosto, Mato Grosso do Sul registrou 72 notificações de varíola dos macacos, número cinco vezes maior que o registrado em todo o mês de julho, quando o total chegou a 14. Com o aumento na doença no Estado, o setor de saúde montou esquema de prevenção e tem apelado para que a população mantenha rotina de cuidados.

Até este sábado (3) , a SES (Secretaria Estadual de Saúde) havia contabilizado 42 casos confirmados distribuídos em Campo Grande, Dourados com dois, Itaquiraí, Aparecida do Taboado e Costa Risca. A maioria deles, 21, foi diagnosticada na Capital.

Nesta semana, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande informou que não há previsão para que pontos de testagem sejam ativados na Capital, isso porque, a implementação está dentro de plano ainda em desenvolvimento.

Já o Governo do Estado criou o COE (Centro de Operações de Emergência) para varíola dos macacos, que vai desenvolver ações integradas entre os municípios, a exemplo do trabalho feito na pandemia da covid-19.

Além de emitir comunicado de risco para todas as cidades, com orientações de como agir com a doença, o grupo implantou sala de situação para gerenciar informações e compartilhar boletins epidemiológicos. Além disso, qualificou profissionais de saúde para lidar com os pacientes e lançou campanhas publicitárias para levar informação às pessoas.

Risco iminente

Nova preocupação mundial, a varíola dos macacos ainda tem se apresentado de maneira diferente em cada paciente, apesar de todos apresentarem um sintoma em comum: feridas na pele.

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada;

• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco;

• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.

Sintomas e prevenção

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.

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