Mãe aciona Ministério Público após não conseguir vacinar a filha em postos de saúde em MS

Denúncia é de que ela tentava a vacinação regular, mas as unidades ofereciam apenas vacina contra a Covid-19

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A dificuldade encontrada por uma mãe que queria vacinar a filha na cidade de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande, virou alvo de inquérito instaurado pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). O objetivo é investigar os relatos apresentados pela família de que as unidades de saúde do município não dispunham de profissionais suficientes para a vacinação regular, já que estavam vacinando apenas contra a Covid-19.

Conforme edital assinado pelo promotor de Justiça Marcos André Sant’Ana Cardoso, publicado no Diário Oficial do MPMS de quarta-feira (26), a mãe encaminhou denúncia à ouvidoria informando que ao levar a filha para o Posto de Saúde Lourdes Fontoura Policlínica, para vacinação regular de crianças, foi informada que no local estavam sendo aplicadas apenas doses contra a covid e que a mesma deveria procurar outras unidades de saúde.

Ao comparecer ao posto ESF (Estratégia da Saúde da Família) Ilda Kohl, informaram a ela que a enfermeira encarregada de aplicar as vacinas, estava no seu dia de folga. Ela soube ainda que por causa da pandemia, os horários estavam reduzidos, bem como havia restrições ao atendimento nos Postos de Saúde do município. Consta ainda que no Ilda Kohl, ao chegar novamente numa sexta-feira, soube que a responsável estava de folga.

Foi repassado à ela que às sextas-feiras os vacinadores têm tirado folga e que o município não têm escalado outros profissionais para suprir as ausências. A família retornou à Policlínica, mas novamente não foram atendidos. 

“Infelizmente, nota-se que esse é um fato recorrente e reflete o tipo de atendimento que encontramos no sistema público de saúde de Coxim. Um atendimento que dificulta o acesso do cidadão ao mais básico que é a vacinação regular. Já não bastando a redução recente do horário de atendimento da vacinação, agora temos pontos limitadíssimos de vacinação regular, apenas dois para atender um município com 33.459 habitantes, e que não funcionam, por falta de profissional, nem no próprio horário estabelecido pela Prefeitura”, lamentou a família na denúncia.

O município foi acionado para prestar esclarecimentos. A equipe de reportagem do Midiamax entrou em contato com a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. 

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