Lotação e espera de 50 minutos: volta às aulas tem ônibus cheios e passageiros deixados no ponto

Se antes dos alunos da rede pública voltarem às aulas os passageiros já enfrentavam lotação, agora com o retorno dos adolescentes às salas de aula os ônibus seguem mais cheios do que nunca. No horário de pico junto ao horário de saída dos alunos, os moradores enfrentaram lotação e espera de mais de 50 minutos no ponto.

A estudante Vitória da Silva, de 16 anos, tem a estratégia de tentar antecipar o horário de sair de casa para evitar pegar ônibus muito cheio no horário de pico, mas parece que não tem surtido efeito.

“Dá para perceber que aumentou o número de passageiros. Antes não estava muito cheio, mas está mais”, disse.

Helen Mendonça, de 32 anos, passageira, disse que com a volta das aulas os ônibus estavam mais lotados do que antes. A mesma visão é de Adrieli Ronto, de 17 anos, que é recepcionista e relatou que devido à lotação do ônibus com os estudantes, o motorista não parou e ela ficou deixada para trás no ponto.

“Estou aqui há 50 minutos e nada. O ônibus passou aqui, mas passou reto, estava bem cheio”, disse.

Lotação 

De acordo com o motorista Fernando Ignacio de Souza, a linha 421 (Jd. Carioca / T. Júlio De Castilho) estava com apenas 2 veículos circulando na cidade e, por este motivo, sua espera pelo ônibus foi de 2 horas. “Com a volta às aulas, estão superlotados, e aí, chega aqui no Terminal Júlio de Castilho está cheio de ônibus parado no estacionamento deles”, aponta.

Outra passageira da linha 421, que prefere não se identificar, descreve que devido ao grande número de pessoas no ônibus, algumas tiveram que ficar no ponto para esperar outro veículo da linha. “Passou outro lotado da mesma forma, a catraca estava travada sem ter como passar mais ninguém”, desabafa.

A mãe de um aluno, que prefere não ser identificada, conta que  seus filhos precisam utilizar as linhas 414 (Centro / Nova Campo Grande) e 421 para ir à escola e por conta da superlotação dos veículos nesta quinta-feira, alguns alunos não conseguiram utilizar o transporte público e seus filhos chegaram atrasados na aula. “Nem que seja nos horários de aula, [é preciso que] eles enviem mais um ônibus (…) Hoje minha família chegou atrasada na escola”, relata.

A reportagem do Jornal Midiamax acionou o Consórcio Guaicurus para tratar da situação das linhas 421 e 414, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para considerações. 

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