Quem reclamou do “calorão” registrado em Campo Grande em julho teve motivo de sobra para isso. Em pleno inverno, o mês foi o mais quente dos últimos 36 anos na Capital, com média de temperatura máxima 1,6°C acima do normal.

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, análises indicaram que no mês que passou, a temperatura média ficou na casa dos 29,7°C, quando o padrão regular é de 28,1°C. Já a média das mínimas foi além, fechou os 31 dias 3,9°C mais quente, saltando de 14,5°C para 18,4°C.

“O normal da média máxima é variar 0,6 grau para mais ou para menos. Portanto, julho foi o mais quente desde 1986”, explica o meteorologista.

Além do forte calor, a umidade do ar também foi prejudicada no mês que passou pela falta de chuvas. Nos seguintes municípios foram registrados 31 dias ou mais com zero de chuvas. São eles: Coxim, Três Lagoas, Bataguassu, Bela Vista, Ponta Porã, Água Clara, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Rio brilhante, Ivinhema, Paranaíba, Sonora e Santa Rita do Pardo.

“Corumbá com 13,6 milímetros foi o maior volume. O restante dos municípios ficou com chuva abaixo de 6,0 milímetros e a média no Estado foi de 3,0”, aponta.

Nesta semana não há previsão de chuvas, no entanto, chegada de frente fria trará chuva e vai derrubar as temperaturas. Existe alerta para que permaneça o tempo seco, já que, historicamente, julho e agosto são os meses mais secos do ano.