Indicação contra é censura e Ministério deve definir faixa etária, diz deputado sobre polêmica em filme
Pedro Kemp considerou proposições dos colegas como censura
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O deputado estadual Pedro Kemp (PT) se manifestou contra a indicação e ao requerimento protocolados na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), contra o filme “Como se tornar o pior aluno da escola”. Kemp se posicionou dizendo que as manifestações são censuras.
O filme de 2017 é de Danilo Gentili e tem Fábio Porchat como ator, ganhou repercussão no último fim de semana, após estrear na Netflix. Em uma das cenas, Porchat interpreta um vilão chamado Cristiano e fala para dois alunos se masturbarem.
Com isso, Coronel David (PL) protocolou indicação encaminhada ao Ministério da Justiça com pedido de tomada de medidas urgentes em relação ao longa. Já João Henrique Catan (PL), protocolou requerimento na Ancine e MPF com pedido para retirada do filme do ar.
Kemp alegou ser contra a indicação e ao requerimento por considerá-los censura. “Resolvi me manifestar contra as proposituras, pois minha posição é contrária a qualquer tipo de censura. Censura é da época da ditadura militar e acabou com a Constituição de 1988”.
O parlamentar justificou ainda sobre filmes violentos, com maus tratos a idosos e nenhuma questão sobre, é levantada. “Mas filme que retratou situação foi colocado como suposta idelogia à pedofilia. Filme assiste quem quer e compete ao Ministério da Justiça fazer a classificação etária, indicação de idade até para orientar a sociedade, responsáveis e pais se os filmes devem ser ou não assistidos pelos filhos”.
Por fim, Kemp alegou que quem faz esse tipo de debate “quer trazer a censura de volta”.
Capitão Contar (PL) se manifestou dizendo existir abismo grande entre liberdade e libertinagem. “A forma como isso está sendo exposto, merece o repúdio. As manifestações são pró-sociedade brasileira”.
Por sua vez, Kemp ressaltou não concordar com pedofilia. “Acho que deve ser penalizado toda aquele que pratica a pedofilia, não estamos debatendo se é a favor ou contra a pedfilia. Mas sim, como o Ministério da Justiça agiu de forma inconstitucional ao tentar proibir a exibição de um filme de 2017 e não contente, censurar o filme”.
Rinaldo Modesto (PSDB) disse que é preciso repudiar esse tipo de crime de todas as formas. “Temos o exemplo de um vereador de Paranaíba que estuprou a própria neta. A sequela na mente da criança fica até o fim da vida. Não tem nada a ver com censura, estamos tratando de algo que faz apologia e temos que repudiar”.
Decisão do Ministério da Justiça
Em decisão publicada pelo Ministério da Justiça no Diário Oficial da União, o longa que está na Netflix é recomendado agora apenas para maiores de 18 anos por conter “coação sexual, estupro, ato de pedofilia e situação sexual complexa”. Antes, o filme era indicado para maiores de 14 anos.
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