O idoso de 73 anos, ferido após um incêndio no apartamento dele, localizado na região central de Campo Grande, continua sedado, intubado e estável em um leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa, conforme a assessoria de imprensa do hospital. 

O incêndio começou na tarde dessa quarta-feira (9), ocasião em que o idoso foi retirado com a ajuda de uma escada mecânica. Ele chegou ao hospital às 17h06, levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e com histórico de inalação de grande quantidade de fumaça ocasionada pelo incêndio. 

Em seguida, foram constatadas queimaduras em vias aéreas, na cabeça e pescoço, com grau não especificado. Houve o atendimento de urgência e o idoso permanece internado. 

Bombeiros fazem rescaldo nesta manhã (10). Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

 

Às 17h33, o hospital recebeu outra vítima do incêndio, uma mulher de 88 anos. O histórico é de inalação de grande quantidade de fumaça e ela permaneceu em observação no Pronto Socorro, consciente, orientada e estável. Nesta manhã, recebeu alta médica.

A última vítima do incêndio, que chegou à Santa Casa às 18h34, foi uma pessoa de 59 anos. Ela também tinha histórico de inalação de fumaça e permaneceu em observação, até receber alta médica nesta manhã (9). 

Sobre as outras duas vítimas que foram encaminhadas para outras unidades de saúde, não há informação atualizada sobre o estado de saúde delas. 

Perícia apontou que fogo começou na sala

A perícia no prédio incendiado apontou que o fogo começou na sala do apartamento do 6° andar. Na ocasião, um idoso de 73 anos estava sozinho e, após inalar fumaça, foi socorrido em estado grave e levado intubado para a Santa Casa. Além dele, outras cinco pessoas ficaram feridas e os bombeiros realizaram os primeiros socorros ainda no local. Veja vídeo do interior do prédio no final da matéria.

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Coronel faz balanço do incêndio.
Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

O trabalho se estendeu no decorrer da noite e, nesta manhã (10), equipes retornaram ao local para fazer uma vistoria. Ao Jornal Midiamax o coronel Atemison Barros disse que, no momento do incêndio, 30 homens e 10 viaturas foram posicionados para evacuarem cerca de 150 pessoas do prédio, localizado na rua 15 de novembro, entre a rua 14 de julho e a avenida Calógeras. 

“Nós averiguamos que o prédio tem de 30 a 40 anos e o incêndio ocorreu no 6° andar. Ainda não se sabe a origem do fogo, só que começou na sala. O idoso mora lá com o filho, mas estava sozinho na hora. O fogo, infelizmente, rapidamente tomou conta de todos os cômodos. O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria e notificou o prédio no que precisa ser melhorado. A porta corta-fogo, por exemplo, estava em manutenção e a fumaça se propagou pela escada”, explicou o coronel.

Sobre o prédio, os militares apontaram que ele não tem alvará. “É um prédio antigo, tanto que foi feito 15 anos do primeiro Código de Incêndio que temos por aqui e aí sabemos da dificuldade para se regularizar, mas, houve a notificação”, comentou Barros. 

Houve momentos de pânico, diz funcionário do prédio

Um funcionário do prédio, de 55 anos, e que prefere não se identificar, disse que estava no momento dos fatos. “A noite foi tranquila, só que alguns moradores ficaram assustados. Houve momentos de pânico, só que muitos já voltaram à rotina normal. Tem morador dizendo que o cheiro de fumaça ainda é muito forte, mas, fora isso, está tudo normal, apesar de que, por enquanto, todos estão usando a escada porque o elevador não está funcionando”, argumentou. 

A síndica do prédio, Sel Barros, fala que mora no andar de cima do apartamento incendiado. “Alguns moradores preferiram dormir fora de casa devido à fumaça e eu fui um deles, inclusive. Preferi ir para casa de parentes, porque o cheiro de fumaça impregnou nas roupas, mesmo dentro do guarda-roupas”, lamentou.