Greve de professores em Dourados chega ao 5º dia
Prefeitura propôs a criação de um fórum de debates, mas as partes ainda não fecharam acordo em relação ao índice
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Mais uma vez reunião entre representantes do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) e a prefeitura municipal termina sem acordo. Desta vez a contraposta dos professores não foi aceita pela administração. Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (17), a categoria decidiu manter greve, que entra no quinto dia nesta sexta-feira (18).
A categoria afirma que o executivo não alterou a proposta enviada na semana passada e também não aceitou a contraproposta apresentada pelos professores. No documento entregue à prefeitura, os professores pediram pagamento de 18,8% retroativo a janeiro de 2022, 5,9% em agosto de 2022 e 5,9% em dezembro de 2022 e reajuste de 10,39% para os administrativos.
Vale lembrar que a última proposta da prefeitura era de reajuste linear de 10,39% para os servidores municipais e que previa o pagamento de 8% em abril de 2022 e 2,39% a partir de dezembro. Por outro lado, a prefeitura também propôs a criação de um fórum de debates para retomada do piso para 20h e outras políticas do administrativo educacional.
Com o impasse, a paralisação continua por tempo indeterminado. Nova reunião ainda não foi marcada, mas a categoria afirma que irá responder por ofício e encaminhar uma nova proposta da categoria que está sendo decidida. Com a manutenção da greve, que foi considerada ilegal pela Justiça, os professores podem pagar multa diária de R$ 50 mil.
Administração municipal
A proposta da administração municipal, segundo o prefeito Alan Guedes (PP), é extensiva a todos os servidores municipais, sendo que 8% serão pagos a partir de abril de 2022 e 2,39% a partir de dezembro. “Oficializamos a proposta linear para todos os servidores municipais, com reajuste de 10,39% dos salários, ainda dentro de 2022”, afirmou Alan.
O valor apresentado pela gestão foi baseado em estudos, levantamentos fiscais e em consonância com a Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar n° 101/2000, que regulamenta a utilização de recursos públicos, objetivando o controle de gastos, respeitando os limites de despesas e cumprindo metas orçamentárias.
Ainda na noite desta quinta-feira (17) o prefeito Alan Guedes (PP) divulgou nas redes sociais que a administração municipal está empenhada em resolver a situação. “É importante destacar que antes da nova portaria da Presidência da República elevando o piso, nós já cumpríamos piso aqui e pagávamos 15% a mais que ao anterior”, explicou o prefeito.
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