Dois dias depois de serem despejadas de terreno, cerca de 30 famílias voltaram a ficar sem local de abrigo após equipe desocupação em terreno no Parque Novos Estados, em Campo Grande. A primeira desocupação aconteceu na quarta-feira (9).
Conforme a população, o terreno seria uma área verde e estava sendo ocupado desde o último domingo (6), e foi desocupado na quarta-feira (9). Porém, as famílias retornaram à área com os barracos e foram acordados neste sábado pela GCM (Guarda Civil Municipal) e pela Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), para deixarem novamente o terreno ocupado.
As famílias tiveram tempo de retirar os pertences antes que o maquinário destruísse os barracos. Daiane Martins, de 29 anos estava com o marido e os três filhos em barraco no terreno e explica que só recorreram à ocupação pela falta de condições. “Por conta da pandemia não conseguimos mais pagar aluguel e não tínhamos mais o que fazer”, disse.
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Paulo João, de 36, conta que estava com os dois filhos dormindo e que durante as desocupações perdeu tudo o que ganhou de doações. “Queremos ajuda, não temos onde morar”, comentou com a reportagem.
Mayara Eduarda, de 21 anos, diz que não sabe para onde vai com o marido e os dois filhos pequenos. “Não tenho como pagar aluguel”, diz.
Na quarta-feira, após a primeira ocupação, a Prefeitura Municipal disse que o terreno é uma área pública e que a ocupação é considerada crime. “Trata-se de uma área pública, portanto, no que tange ao Código de Polícia Administrativa – Lei n. 2909 invasão de área pública trata-se de ato infracional, conforme o Artigo 5º, § 2º “Verificada a invasão de logradouro público, o Executivo Municipal promoverá as medidas Judiciais cabíveis para por fim a mesma”, disse em nota.