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Cotidiano

Sem solução: Escola inacabada vira minilixão e ponto de encontro de usuários de drogas em Campo Grande

Local que seria para receber cerca de 800 alunos está abandonado há cerca de 2 anos
Arquivo -
Escola inacabada no Bairro Celina Jallad
Escola inacabada no Bairro Celina Jallad

A obra de uma segue tirando o sono de muitos moradores do Bairro Celina Jallad, em . Segundo moradores da região que procuraram o Jornal Midiamax nesta semana, a construção virou um ponto de drogas e descarte de lixo. A situação já havia sido reportada em agosto de 2021, mas segue sem solução.

Conforme uma moradora, que preferiu não se identificar com medo de represálias, há cerca de dois anos, as obras da escola foram paralisadas e o local foi dominado por usuários de drogas. “A escola estava quase pronta, mas depois que parou os usuários começaram a frequentar o local. Eles furtaram tudo que podiam, as portas, as janelas e até a fiação elétrica. Também furtam objetos que são jogados dentro do terreno. Os próprios moradores jogam o que não querem. Virou um lixão”, disse.

Os moradores também lamentam a falta de segurança e a não conclusão da obra. “Não tem guarda. Tudo foi furtado e quando a obra voltar vai precisar comprar novamente. Nossos filhos poderiam estar estudando na escola, perto de casa, mas precisam ir longe. Minha mãe fica sozinha na residência dela e com vários usuários a solta no bairro, nós temos receio de algo ruim acontecer. A insegurança é muito grande”, contou uma moradora.

Ainda segundo a população, devido ao completo abandono do local, o que era para ser escola acabou virando ‘boca de fumo’ e moradores temem que o bairro tenha crescimento no número de furtos e roubos. “Virou uma boca de fumo. Eles escondem as drogas no muro e vendem. Já vi um rapaz pulando o muro com uma bicicleta no braço”, contou.


Local está sujo e abandonado – Foto: Marcos Ermínio / Midiamax

‘É muito raro ver viaturas’

Com seis anos de bairro, o morador de 48 anos observa impotente a criminalidade latente da região, e os absurdos que a obra proporciona. “É um entra e sai de gente, fizeram até buraco no muro para facilitar a entrada. Direto eles pulam com bicicleta e outros objetos possivelmente furtados, isso acontece em plena luz do dia. Também utilizam a obra pra usar e esconder drogas”, explicou.

A obra virou o quartel general da criminalidade local, causando transtornos à população. “Roubam fio pra queimar aí dentro, já vi entrando com saco cheio de coisa. Já arrebentaram a nossa porta e levaram tudo. É muito raro ver viaturas da Polícia Militar ou a Guarda Civil Metropolitana passar aqui. Quando passam, dão só uma olhadinha. Eles não entram pra abordar os criminosos e o problema não é resolvido”, disse um comerciante de 42 anos.

Até suástica

O Jornal Midiamax esteve no local em agosto de 2021 e constatou o abandono do local, cuja construção foi iniciada com a promessa de ser uma escola com 800 vagas, mas que, inacabada, tornou-se reduto dos criminosos. Com símbolos do PCC, magia negra e até do nazismo, os assaltos se tornaram frequentes no quadrilátero onde fica a escola, e a obra é alvo de saques constantes.

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Foto: Marcos Ermínio | Midiamax | Arquivo

Na época,  a Prefeitura de Campo Grande informou que a empresa responsável pela edificação pediu rescisão de contrato, e seria feita uma nova licitação para conclusão da obra. Ainda segundo a gestão municipal, a obra foi iniciada em 2018, a empresa que venceu a licitação retomou as obras. Porém, o não efetuou o repasse do ano de 2020 e, por esse motivo a obra foi paralisada. A obra seria retomada assim que o Governo Federal voltasse a efetuar os repasses necessários.

Na época, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) também informou que iria intensificar as rondas no local. A PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) também foi questionada sobre as medidas para combater a criminalidade da região, mas não posicionou a reportagem.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Campo Grande e foi informada que a antiga empresa responsável pela obra da escola pediu a rescisão de contrato. O município também adiantou que será feita uma nova licitação e que a intensificará rondas na região.

A PMMS (Policia Militar de Mato Grosso do Sul) também foi acionada pelo Jornal Midiamax, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno, o espaço segue aberto para posicionamento.

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