Há quase duas semanas o Brasil estreou na do Mundo e a vida do campo-grandense que depende do transporte público piorou um pouco mais. Isso porque em dias de jogo do Brasil pegar exige bastante paciência para superar a espera e os atrasos.

Nesta segunda-feira (5), pouco antes do início do jogo, os pontos de ônibus da região central estavam cheios de gente a espera do transporte.

Desempregado, Patrick Wallex, 20, afirma que o ônibus está escasso e que, em dias de jogo do Brasil, é uma dificuldade a mais para quem precisa pegar ônibus. “Nesse horário do jogo quase não tem. Meu pai saiu para trabalhar na sexta-feira às 15h e ele me disse que não tinha ônibus”, disse.

A recepcionista Ana Teodoro, 26, estava tentando chegar a algum lugar para ver o jogo do Brasil, mas não sabia se chegaria a tempo. “Sexta teve jogo e o ônibus que era para passar às 13h, passou 40 minutos depois. E os ônibus estão cheios, lotados e demorando mais ainda do que nos dias normais”.

Outra que estava à espera em um dos pontos da Capital, Nira Cabral, 59 anos, disse que os ônibus estão diminuindo e demorando muito. “Eu pego o 051 no centro e quando vou para o bairro demora mais ainda”.

Não há nenhum aviso do Consórcio Guaicurus nas redes sociais ou no site sobre mudanças no horário dos ônibus em dias de jogo. A reportagem entrou em contato com a empresa e segue aberta à manifestação.

Ponto de ônibus na Afonso Pena
Ponto de ônibus na Afonso Pena. (Foto: Nathália Alcântara/Midiamax)

Reajuste para motoristas de ônibus

Consórcio Guaicurus e o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em e Urbano de ) já iniciaram as tratativas para o reajuste salarial dos trabalhadores do transporte coletivo da Capital. A expectativa é de que, já nesta semana, haja definição sobre as discussões.

“Estão em pauta nosso reajuste e os benefícios dos trabalhadores. Teríamos uma reunião hoje, mas foi adiada”, explica ao Midiamax o presidente do Sindicato, Demétrio Freitas. 

Segundo ele, a categoria vai aguardar o pagamento do salário do mês de novembro, previsto para cair na terça-feira (6). “Depois que cair o salário, a gente volta a se reunir e tudo o que ficar acertado em assembleia terá pagamento retroativo”, pontua.

Além do Consórcio Guaicurus e do Sindicato que representa a categoria, participam da negociação a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

Consórcio quer passagem a R$ 8

Anualmente avaliado em novembro, o Consórcio Guaicurus considera que o reajuste da passagem do transporte público de Campo Grande pode chegar a R$ 8. Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40 aos passageiros, mas, de acordo com o diretor-executivo do consórcio, Robson Strengari, o novo preço considera diversos fatores, como a alta do combustível e INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).

“O estudo ainda não foi concluído e a Agereg que decide, mas o reajuste chega em torno de R$ 8. Ainda temos nesse mês a negociação de reajuste salarial de funcionários, temos assuntos em andamento para mudanças”, afirma.