Dados do Portal Cartório de Registro Civil aponta que durante os dois anos de pandemia, cerca de 5.456 recém-nascidos foram registrados sem o nome do pai na certidão de nascimento. Em Mato Grosso do Sul, 409 crianças não tiveram o nome do pai no registro entre janeiro de 2020 a dezembro de 2021.

O número de pais ausentes e reconhecimento de representa 9% dos 4.329 registros total de nascimentos no período. Em números absolutos, de 2.049 nascimentos, 203 crianças estiveram com a certidão sem o nome do pai em 2020. No ano seguinte, houve ligeira redução de 2.280 nascidos e 206 pais ausentes.

Em Corumbá, foram 300 bebês registrados em do município somente com o nome da mãe. O número, que representa 8% dos recém-nascidos corumbaenses, sendo 152 no primeiro ano de pandemia, e 156 no segundo ano.

Em Dourados, segunda maior cidade do Estado, a porcentagem é de 5%, sendo 435 crianças sem registro na paternidade em cartório, dos 9.433 certidões de nascimentos cadastradas. Por ter o maior número de habitantes, soma 1.641, número que representa 6% dos 28.890 registros de nascimento, sendo 846 no primeiro ano de pandemia e 795 no segundo.

“O processo de recolhimento de paternidade é oferecido em mais de 90 cartórios do Estado e podem ser realizados de forma gratuita. Ter o nome paterno na certidão de nascimento, garanti o recém-nascimento o direto de saber quem é seu pai, além de possibilitar benéficos constitucionais a criança”, disse o presidente da Arpen/MS (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de MS), Marcus Roza.

Ainda conforme o monitoramento da associação, durante os dois anos de pandemia, ao todo foram 6,5% dos recém-nascidos sul-mato-grossenses sem o pai no documento, sendo 2.648 mil em 2020 e 2.080 mil em 2021. Já o reconhecimentos de paternidade anumeram mais de 50% quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da Covid-19.

Além disso, houve recorde de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 42.714 registros em 2020 e 43.175 em 2021.