Doador de medula óssea de MS vai até Natal para salvar um vida após 10 anos cadastro

Chance de compatibilidade de medula no Brasil é de uma em cem mil

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medula óssea
Thiago e o médico hematologista responsável pelo caso (Foto: Divulgação)

Thiago Marques Silva Pereira, doador de sangue fidelizado e cadastrado para medula óssea desde 2012, pela Rede Hemosul, em Mato Grosso do Sul, doou as células após ser compatível e pôde salvar uma vida que dependia só dele.

O doador viajou três vezes para Natal (RN), onde foi realizada a transfusão. Todo esse processo de solidariedade aconteceu para salvar uma vida preciosa que dependia de sua doação.

Thiago aguardou 10 anos para que aparece alguém compatível e ele pudesse fazer esse ato de solidariedade. “A experiência foi tão emocionante que ambos choraram ao concluírem o processo de doação de medula óssea”, contou ele.

A Rede Hemosul, em nota, disse que “fica a sensação incrível de dever cumprido e o agradecimento mais que especial ao Thiago por ser essa pessoa que se preocupa com o próximo e que se mobilizou para salvar vidas”.

O órgão ainda agradeceu a todos os doadores compatíveis de medula, aos cadastrados que esperam pelo processo e aos doadores de sangue, do método convencional ou de aférese, que são “essenciais e especiais”.

Como ser um doador de medula óssea?

Podem se cadastrar pessoas entre 18 a 35 anos, que estejam com boa saúde. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

Os dados genéticos são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. Se der compatibilidade genética através do exame HLA, a doação pode ser realizada. Porém, para ter compatibilidade a chance no Brasil é de uma em cem mil e com alguém de outro país de uma em um milhão.

Como é o transplante?

Se for compatível o doador é avisado e então passa por exames para constatar que está em boas condições de saúde. O procedimento dura aproximadamente 90 minutos e é aplicada uma anestesia para que o processo seja sem dor.

As células de medula são tiradas do osso da bacia e não da espinha, portanto, não tem risco para a coluna. Do outro lado o paciente tem a sua medula doente e recebe a as células de medula saudável do doador. A parte retirada do doador se recupera sozinha em no máximo quinze dias.

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