Cifra segue buscas por ex-funcionários para quitar dívida de R$ 1,2 milhão do FGTS

Dos 99 ex-funcionários da empresa, herdeiro encontrou 50 deles e procura pelos outros 49

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Cifra
Funcionários da Cifra quando empresa ainda prestava serviços. (Foto: Arquivo)

Dos 99 ex-funcionários que a Cifra Transporte de Valores procura, 50 deles foram encontrados até o momento. A empresa segue em busca de 49 pessoas para quitar dívidas trabalhistas de 1999 que soma R$ 1,2 milhão e são referentes à diferença no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Herdeiro da Cifra, Breno Moura, explica que a dívida trabalhista com esses ex-funcionários surgiu em levantamento feito pelo Ministério Público do Trabalho, que apontou uma diferença de FGTS de 1999. Uma primeira rodada de pagamentos já foi feita com ex-funcionários de Dourados, Ponta Porã e Maracaju.

“Essa semana iremos pagar o pessoal de Campo Grande e o objetivo nosso da Cifra é zerar o passivo trabalhista. Enfrentamos muita crítica, descrença e torcida contra. Mas, como nosso foco é o funcionário, nada disso abala nossa atual missão”, comenta Breno.

As pessoas listadas abaixo, que trabalharam na empresa até 1999, podem contatar a Cifra pelo perfil pessoal dele ou pelo telefone (67) 99942-4949.

Lista de ex-funcionários da Cifra Transporte de Valores com direito a receber:

FRANCISCO DOMINGOS DA SILVA 

FRANCISCO LUIZ DE ANDRADE 

FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA 

FULVIO ESTEFANIO RAMOS 

GABRIEL TENORIO DA SILVA 

GERALDO VICENTE DA SILVA 

GERSI FERREIRA DE MORAES 

GERSON CKLEMENTNO RODRIGUES 

GUILHERME DE LIMA MARTINEZ

HELIO NUNES DA SILVA 

HEMERSON BENICIO DOS SANTOS 

ISAAC NERES SERNA 

IVANILDO DA SILVA 

IVANILDO FREITAS DA SILVA

JAIME FERREIRA DOS SANTOS 

JAIME RODRIGUES DE ALENCAR 

JAIR CINTRA FERREIRA 

JAIRO DE SOUZA FREITAS 

JANIO SOUZA SILVA 

JERONIMO POMPEU DA SILVA 

JOÃO ALVES DE OLIVEIRA 

JOÃO BATISTA DOS SANTOS 

JOÃO BEZERRA PEREIRA 

JOÃO CARLOS PIRES FERREIRA 

JOÃO DE ALMEIDA 

JOÃO MARCIO FERREIRA 

JOÃO OLIVIO DA SILVA 

JOAQUIM BENEDITO PIERRE 

JOAQUIM RIBEIRO COSTA 

JORGE DA SILVA ANTUNES 

JORGE LUIZ DA SILVA OLIVEIRA 

JOSE ALVES DE SOUZA 

JOSE BARBOSA DE SOUZA 

JOSE C DA SILVA DE OLIVEIRA 

JOSE CAMILO M A DE OLIVEIRA 

JOSE CARLOS DA SILVA 

JOSE CARVALHO BARROS 

JOSE DA SILVA 

JOSE DOS REIS LACERDA

JOSE EUSTAQUIO DA SILVA 

JOSE FRANCISCO DE SOUZA 

JOSE GERALDO CIRILO RIBEIRO 

JOSE GREGORIO NUNES DA COSTA 

JOSE LOUCENIR DE MOURA STAINE 

JOSE MACHADO CUNHA 

JOSE MANOEL BORGES 

JOSE MARIA REZENDE GOMES 

JOSE ROBERTO CASSIANO 

JOSE ROBERTO DELFINO 

JOSE TOBIAS DA COSTA 

JOSE TRINDADE DE LARA 

JOSE ZENILDO NUNES MARINHO 

JUACY GONÇALVES SOARES 

JULIO CESAR CORREIA 

JULIO VIEIRA DOS SANTOS 

JURANDIR RIBEIRO

JUSCELINO FERREIRA DANTAS 

LAURENTINO TAVARES 

LEONEL FERREIRA DOS SANTOS 

LIDIO PIRES CAMARGO 

LOURIVAL HONORIO GONÇALVES 

LUIZ GONZAGA CAMARGO 

LUIZ JACINTO DE OLIVEIRA 

LUIZ PEDROSO DE LIMA FILHO

MAJORICO TEODORO NANTES 

MANOEL BARBOSA DE QUEIROZ 

MANOEL CAMARGO SILVA FILHO

MANOEL HIPOLITO ROCHA 

MANOEL PORFIRIO M PATRICIO 

MARCO ANTONIO GONÇALVES DOS SANTOS 

MARIO DA SILVA E SOUZA 

MATIAS ALVES DOS SANTOS 

NARCISO BARROS DA SILVA 

NELSON BANDEIRA 

NELSON CAVALHEIRO 

NELSON DE SOUZA FERREIRA 

ODAIR JOSE DE OLIVEIRA 

ONONDAS DE MORAES 

ORANDI FERREIRA DE LUCENA 

OSMAR FERREIRA DOS SANTOS 

OSORIO GUIMARÃES 

PAULO DA SILVA 

PEDRO FERREIRA DOS SANTOS 

PEDRO FERREIRA VARGA

RAMÃO FRANCO 

RAMÃO RODRIGUES 

RAULINO ALCANTARA 

REINOR SILVA DE SOUZA

RENATO MARTINS SANCHES 

ROBERTO GENOVEZ 

RONALDO LADISLAU DE OLIVEIRA 

RUBENS DE JESUS PEREIRA 

SANTO LOURENÇO DIAS 

SEBASTIÃO DA SILVA ROJAS 

SEVERINO HONORIO DE ARAUJO 

SILVANITO MARTINS DE SOUZA 

SILVIO BARBOSA PEREIRA 

SILVIO DIAS NUNES 

SIMÃO RODRIGUES DA VILA

Cifra fecha as portas

Problemas com certificadoras fizeram com que o serviço fosse interrompido pela empresa, que estava prestes a completar meio século de história. Breno contou ao Jornal Midiamax que as blindagens dos veículos passam por vistorias a cada dez anos, sendo a última da Cifra em 2013.

“Nós pensávamos que nossas blindagens estariam aptas até 2023 e fomos surpreendidos pela notícia da Polícia Federal que já tinham sido vencidas. Vai ter uma discussão sobre isso, mas até resolver essa discussão o órgão fiscalizador não autorizou nossos caminhões a rodarem mais e infelizmente eu tive que parar a transportadora”, lamentou.

Por conta disso, Breno esbarrou no segundo problema: a falta de certificadores na região, que dificulta a revalidação dos dez veículos (sete carros-fortes e três leves) que fazem parte da frota da Cifra. Somente com a revalidação, os veículos são autorizados pela PF (Polícia Federal) a fazer este tipo de serviço.

“As únicas certificadoras que tem atendem as grandes multinacionais, então nós ficamos sem certificadoras para fazer a revalidação e manutenção nos nossos carros-fortes”, disse ele ao Jornal Midiamax. O empresário explicou que essas empresas só atendem as transportadoras de grande porte e se recusam a atender os regionais, como é o caso da Cifra, que atuava em todo o território estadual.

A Cifra continua com os serviços de segurança e vigilância no Estado. Desde então, Breno vem tentando honrar a memória do pai e quitar todas as dívidas trabalhistas.

Ao todo, foram mais de R$ 15 milhões investidos para pagar os cerca de 1 mil trabalhadores que prestaram serviços à Cifra durante o período em que Francisco administrava a empresa. “Fico tranquilo porque sei que posso sentar em qualquer mesa de cabeça erguida porque cumpri essa missão. Honrei o nome do meu pai”, relata.

De acordo com Breno, a empresa ainda tem de pagar os funcionários da época em que ele gerenciava a Cifra, no entanto, os repasses também já estão sendo negociados. “Esses estão dentro da previsão de serem acertados nos próximos 12 meses”, finaliza.

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