Com fim da obrigatoriedade, campo-grandenses se dividem sobre continuar utilizando máscara
Para muitos a vacinação é fator que viabiliza a não utilização da máscara; outros ainda relutam
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A não obrigatoriedade máscaras em Mato Grosso do Sul começou a valer nesta quinta-feira (10) e a população está dividida entre usar ou não o EPI (Equipamento de Proteção Individual). Apesar da desobrigação partir do governo estadual, a Prefeitura de Campo Grande manteve a obrigatoriedade em locais fechados.
Pâmela Vitória, de 17 anos, comentar ter vivenciado de perto a luta de seu pai para vencer a doença, por isso pretende continuar utilizando o EPI em locais fechados. “No ônibus eu vou usar, na escola também e em lugares fechados”.
Com o mesmo pensamento, Anna Rebecka, de 23 anos, afirma não deixará de utilizar a máscara me locais fechado. “O vírus está aí e em lugares fechados é mais perigoso”. Pensamento contrário ao de Ana Saraiva, de 56 anos, que acredita que a vacinação não torna o uso da máscara essencial, “nós colocamos a confiança na vacina, se não for obrigado não usarei”.
José Unaldo, de 67 anos, também conta acreditar na vacina e alega que não utilizará a máscara, “me incomoda muito”. Apesar do posicionamento, José relembra que a escolha é individual e acredita que aqueles que se sintam confortáveis devem continuar utilizando a máscara.
Nas redes, as opiniões também são divididas e o avanço da vacinação é o principal critério utilizado para aqueles que buscam justificar a não utilização do equipamento. “Ufa até que fim que bom, mas vamos nos cuidar”, publicou um internauta. Outros acreditam que a máscara deverá deve ser utilizada apenas por aqueles que apresentem sintomas.
“Quem tem que usar são aqueles que estão com algum tipo de doença contagiosa”, comentou João Jara. O mesmo dito por Neiva Pereira, que alega que “pessoas gripadas deveriam usar [a máscara] em locais públicos”.
Utilização no trabalho
Com a eminência do fim da obrigatoriedade da máscara em alguns municípios que ainda resistem a decisão estadual, muitos ainda possuem dúvidas sobre a utilização do EPI no ambiente de trabalho. Para o engenheiro de segurança do trabalho, Hélio Ramos, que já produziu diversos planos de biossegurança para empresas, o colaborador deve manter cuidados como utilização do álcool e da máscara.
“Não temos ainda caso zerados, temos ainda pessoas se contaminando em ambiente fechado de trabalho… Devemos seguir com as medidas até que chegue num nível de casos como a gripe e que todo ano devemos tomar a vacina”, comentou o engenheiro. Hélio acredita que as empresas não devem obrigar seus funcionários a utilizar o EPI, mas devem alertar sobre a possibilidade contaminação caso as medidas não sejam cumpridas.
O profissional explica que existem diferentes cenários que tornam a máscara essencial ou não. “Os funcionários poderiam ficar sem usar as máscaras em ambientes abertos e com boa ventilação. Empresa que tenham poucos funcionários, somente em ambiente fechado e com pouco ventilação deveriam ainda seguir a medidas de segurança, fora isto não há necessidade”, explicou.
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