Capitais avaliam liberar uso de máscaras, mas o que prevê Campo Grande? Confira
Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro avaliam flexibilizar uso dos protetores em locais abertos
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Com a tendência de melhora no cenário epidemiológico da Covid e o avanço da vacinação, algumas capitais avaliam a flexibilização do uso das máscaras em locais abertos. Em Belo Horizonte, São Paulo e no Rio de Janeiro é estudada a possibilidade de deixar mais maleável o uso dos equipamentos de proteção individual. Mas o que prevê Campo Grande?
Na Capital de Mato Grosso do Sul, o uso das máscaras ainda é obrigatório, seja no comércio, em supermercados, ônibus, bancos, etc. A única exceção é para quem pratica atividade física. A reportagem do Jornal Midiamax acionou a Prefeitura Municipal e foi informada que ainda não há previsão de qualquer decreto que flexibilize o uso das máscaras.
Em Belo Horizonte, foi divulgado pela imprensa que um decreto deve ser publicado pela prefeitura da cidade que flexibilize o uso das máscaras em ambientes abertos. O decreto aconteceria após a recomendação de um comitê de enfrentamento à pandemia.
Sem a exigência dos equipamentos de proteção individual desde outubro de 2021, o Rio de Janeiro agora deve avaliar a necessidade do uso de máscara de proteção em locais fechados.
“Com um panorama epidemiológico mais favorável, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com alteração das medidas. Claro que se em algum momento a gente ver aumento nos casos, nas internações, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas não é o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente está vendo outros países também retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro não seria diferente”, disse o secretário de Saúde municipal do RJ, Daniel Soranz.
Dois anos de contaminação, um ano de vacinação
No dia 18 de janeiro de 2021, por volta das 15h10, o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pousava em Campo Grande trazendo esperança aos sul-mato-grossenses. Com 158.766 doses da Coronavac a bordo, começava ali o capítulo mais esperado da pandemia: o início da imunização contra o vírus que cruelmente tirava a vida de centenas de moradores.
O boletim epidemiológico de MS daquela segunda-feira, 18 de janeiro, registrava 2.686 óbitos da doença e, de maneira emergencial, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberava a vacina do laboratório Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, para iniciar a campanha de imunização. Assim que as doses desembarcaram em Campo Grande, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) iniciou de imediato a distribuição aos municípios.
No mesmo dia, as primeiras doses foram aplicadas no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). Os primeiros a receberem a sonhada ‘furadinha’ no braço foram profissionais da saúde, uma idosa institucionalizada em asilo e uma senhora indígena: o médico Marcio Estevão Midom, de 44 anos; a indígena terena Domingas da Silva, de 91 anos; Maria Bezerra de Carvalho, de 84 anos, que vive no Asilo São João Bosco; e a auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima.
Atualmente, MS tem 90% do total da meta vacinável, com mais de 5,3 milhões de doses aplicadas.
Fim da pandemia?
Mato Grosso do Sul atingiu mais de 90% da meta vacinável, no dia 23 de fevereiro, e caminha para tratar a Covid-19 como uma doença endêmica, algo que inclusive já é discutido em outros estados brasileiros e países do exterior. Atualmente, o novo coronavírus é considerado uma pandemia, quando a doença é encontrada em mais de um continente, com transmissão comunitária.
“Nós tivemos a meta atingida e estamos discutindo com diversos gestores. Neste momento, temos especialistas apontando que doença deixará de ser pandêmica para endêmica, assim como é a influenza e outras doenças virais. Desta forma, a covid vai estar dentro do calendário de vacinas, como algo regular”, explicou ao Jornal Midiamax o titular da SES, Geraldo Resende.
De acordo com Resende, a “demanda decresceu substancialmente”, não só no Estado, mas, em todo o país, porém, o momento ainda é precoce para discutir a retirada de medidas restritivas, como a máscara e outras medidas de biossegurança.
Pandemia X endemia
Uma pandemia é decretada quando o surto ou a epidemia passa a ser encontrado em mais de um continente e com transmissão comunitária, não sendo mais possível o rastreamento das pessoas infectadas. O mundo já registrou várias pandemias, como a Peste do Egito, Peste Negra e Gripe Espanhola.
Já a endemia é o nome dado a um fator que interfere negativamente na saúde de uma população, como uma doença que pode ser ou não contagiosa ou até mesmo violências que já se tornaram comuns em determinadas regiões. A endemia, no entanto, não está relacionada a uma questão quantitativa.
Uma doença endêmica é aquela que se manifesta com frequência em determinadas regiões, geralmente provocada por circunstâncias ou causas locais. Ou seja, a população convive constantemente com a doença. Um exemplo disso é a varicela que, em muitos países, tem casos registrados anualmente. Ou a malária, que em partes da África e do Brasil é uma infecção considerada endêmica.
Por aqui, ainda consideramos endêmicas doenças como a dengue e a febre-amarela, que provocam surtos em determinadas regiões todos os anos.
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