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Cotidiano

Com 1º caso suspeito no Brasil após 33 anos, MS fica em alerta para poliomielite

Mato Grosso do Sul ficou abaixo da meta de imunização na campanha contra pólio
Fábio Oruê -
poliomielite
Prefeitura mantém vacinação nas UBSs (Foto: Agência Brasil)

terminou a campanha de vacinação contra a com a cobertura muito abaixo do esperado e, com um caso em investigação no após 33 anos, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) acendeu o alerta para a reintrodução da doença no território nacional.

“Nós temos em circulação o sarampo no Brasil em 4 estados. Nós temos a iminência de Poliomielite reintroduzindo no país. Então nós, enquanto Secretaria Estadual de Saúde, nós ficamos realmente muito cautelosos e muito preocupados”, diz a Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende, ao Jornal Midiamax.

Segundo dados da Pasta, a cobertura vacinal da pólio em MS está em 63,7%, quando a meta é de 95%. Para Ana Paula, os pais não têm procurado a vacinação, que é de extrema importância para as crianças. “A gente nota que realmente que é falha dos pais, mas não por desacreditar na vacina, mas por ter a falsa sensação de que as doenças não mais existem. Tanto o sarampo, caxumba, poliomielite, rotavírus, febre-amarela, mas isso tudo não é verdade”, revela.

No Estado, a campanha aplicou 109.206, tendo um público-alvo de 173.154 crianças de 1 a 4 anos. A SES atua como intermediária entre o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde dos municípios. Por conta da baixa cobertura a nível nacional, o Governo Federal deliberou e permitiu que a campanha seja prorrogada, conforme desejo das cidades.

Conforme a SES, 14 cidades de MS registraram cobertura vacinal abaixo dos 60%:

  • Itaporã – 59,10%
  • Maracaju – 58,80%
  • Juti – 58,30%
  • Japorã – 57,57%
  • Rio Brilhante – 53,46%
  • Terenos – 51,76%
  • Água Clara – 47,37%
  • Nova Alvorada do Sul – 44,07%
  • Sidrolândia – 44,05%
  • Bela Vista – 43,35%
  • – 43,14%
  • Coxim – 42,84%
  • – 41,25%
  • Campo Grande – 25,71%

Pior cobertura do Estado

Mesmo com a permissão do Ministério e a pior cobertura vacinal do Estado, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já disse que não pretende prorrogar a campanha contra a pólio em Campo Grande. Do público alvo, que soma 57 mil pessoas, apenas 12.177 mil receberam a dose, o que representa cerca de 21,3% da meta.

“As vacinas continuam disponíveis nas unidades de saúde e o município continuará realizando ações para tentar ampliar a cobertura vacinal”, informou a pasta ao Jornal Midiamax. As doses seguem disponíveis nas 73 unidades básicas de saúde da Capital. Outras capitais chegaram a prorrogar.

Melhor saída

Para a coordenadora em vigilância, a melhor estratégia para aumentar a cobertura vacinal seria uma busca ativa. “Nós temos vacina boa, nós temos insumos bons, mas precisamos da ‘creditação’ da população”, opina.

“Com certeza hoje a estratégia mais exitosa seria uma busca ativa. Casa a casa. Quem procurou a unidade e se vacinou são realmente aqueles pais que têm consciência, que entenderam a campanha, mas tem aqueles pais faltosos, que por algum motivo não conseguiram levar a criança”, diz.

De acordo com Ana Paula, o Ministério da Saúde finalizou a campanha no dia 30 de setembro, mas deixou o sistema de informações aberto.

“Nós estamos recomendando que os municípios continuem ofertando a vacina contra a poliomielite para a população que procura a unidade básica de saúde, até o fechamento do sistema, que seria no dia 30 de outubro”, ressalta ela, incentivando que a população procure as unidades.

O último caso de poliomielite reportado no Brasil foi em 1989. No ano de 1994, o país recebeu a certificação de área livre de circulação do Poliovírus selvagem (PVS) da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde).

Caso suspeito após 33 anos

A Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará) informou ao Jornal Midiamax que notificou ao Ministério da Saúde que investiga uma suspeita de paralisia infantil em um menino de 3 anos de idade, do município de Santo Antônio do Tauá, no nordeste do estado.

Em comunicação de risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, a secretaria pondera que outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré.

A suspeita se dá devido à detecção do poliovírus nas fezes do paciente, em exame realizado diante da apresentação de sintomas como paralisia nos membros inferiores.

A criança começou a apresentar os sintomas em 21 de agosto, com febre, dores musculares, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda, um dos sintomas mais característicos da poliomielite.

Dias depois, perdeu a força nos membros inferiores e foi levada por sua responsável a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no dia 12 de setembro.

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