Disponível nos aplicativos dos campo-grandenses desde junho, a função ‘prioridade’ na plataforma da Uber ainda não vingou entre os passageiros. A ferramenta, que permite “furar a fila” na espera por carro disponível para corrida ainda não é tendência entre os passageiros.

A funcionalidade funciona a partir de determinados horários, quando a demanda por corridas está maior. Os valores a mais que os passageiros podem desembolsar depende. Por exemplo, se uma corrida custa R$ 20, a categoria “Prioridade” o valor vai a R$ 25. Se o horário é de preço dinâmico, os valores são mais altos.

A estudante Giovanna Silva, de 19 anos, disse ser passageira assídua de corridas por aplicativo e nunca usou a função. “Não sei como é na prática, porque normalmente quando estou com pressa eu chamo em outra plataforma. Os valores acabam dando no mesmo”, disse.

Os motoristas das plataformas dizem que a função ‘não vingou’ entre os passageiros. Fuad Salamene diz que não há demanda de passageiros através da função. A reportagem pergunta se há reclamações dos passageiros sobre o recurso e ele responde:

“Não houve nenhuma reclamação dos passageiros, porque, na verdade, eles não utilizam. O que se vê são muitos migrando para a Indriver. Não sei se a Uber não soube passar essa função direito para o passageiro”, disse.

O motorista diz que a maior parte da renda parte do aplicativo vizinho. “O Indriver é o aplicativo mais democrático. O passageiro negocia a corrida com o motorista e ele aceita se quiser. Hoje, 70% da minha renda é Indriver, outros 20% é da Uber e 10% da 99”,afirma.

Demanda é maior no horário de pico

Um motorista, que trabalha na função há dois anos, disse que a maior demanda através do “prioridade” da Uber são nos horários de pico. “Nos horários de maior demanda, no horário de pico. Após os horários de pico os pedidos diminuem bastante e os valores caem consideravelmente”, disse.

O trabalhador explicou à reportagem que a funcionalidade de negociar os valores das corridas com os passageiros é mais vantajoso e que os clientes da Uber ainda não entenderam a função. “A maioria dos passageiros reclamam, pois nem todos entendem que para ter suas necessidades atendidas tem que oferecer uma proposta melhor que as demais”, disse.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Uber, mas até o fechamento do material não havia se posicionado. O espaço segue em aberto para resposta.