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Cotidiano

Censo 2022: Recenseador precisa entrar em casa para fazer as perguntas? Quem não responde, paga multa?

Postagem em grupo do Facebook levantou suspeitas sobre atuação de recenseador no Censo 2022 em Campo Grande
Lucas Mamédio -
(Foto: Divulgação/IBGE)

Uma reclamação no grupo ‘Aonde Não Ir em ‘, do Facebook, levantou suspeitas sobre a atuação de um recenseador do Censo 2022, que começou a ser realizado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a postagem da mulher, um homem que se identificou como recenseador bateu no portão de sua casa em um domingo às 7h45, dizendo que estava fazendo a pesquisa do IBGE. Ele teria dito que precisava entrar na casa para fazer as perguntas e que se a moradora recusasse ela seria penalizada.

A mulher completa a postagem dizendo que não autorizou a entrada e que a atitude do homem causou muita estranheza. Pois bem, em contato com a coordenação do IBGE em Campo Grande, a coordenadora Silvia Martinez Assad, disse que a postagem chegou até os técnicos e que está sendo feita uma averiguação para saber se há fundamento.

Silvia, no entanto, também explica que, ao contrário do que diz a reclamação da mulher na postagem, não há necessidade alguma do recenseador entrar na casa da pessoa. “Em nosso treinamento enfatizados que para segurança do próprio recenseador, que ele faça as perguntas do portão”.

Postagem do “Aonde Não Ir em Campo Grande” (Foto: Reprodução)

Formas de abordagem

Três formas de abordagem, incluindo a presencial, estão sendo utilizadas para preencher os questionários: presencial, pela e por telefone. Mesmo que a pessoa opte por preencher o questionário pela internet, o recenseador irá à casa do entrevistado entregar um código necessário para preencher o questionário. Pelo telefone, ocorre o mesmo processo. No caso da entrevista pela internet, o morador terá sete dias para responder.

Todos os recenseadores do IBGE estão identificados com boné e colete, além do crachá de identificação. Dentro do crachá há um QR Code e o cidadão pode apontar a câmara de celular para esse código para confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele é, de fato, servidor do instituto.

Também é possível checar a identidade do recenseador pela internet. Basta digitar o número da matrícula que consta no crachá no site do IBGE.

Qualquer dúvida sobre a identificação do recenseador ou preenchimento do questionário pode ser esclarecida pelo telefone (0800-721-8181) ou pelo site Respondendo ao IBGE.

Penalização

Segundo Silvia a lei criada em 1968 que rege a obrigatoriedade de prestação de informações estatísticas diz que: “O infrator ficará sujeito à de até 10 (dez) vezes o maior salário-mínimo vigente no País, quando primário; e de até o dobro desse limite, quando reincidente”. Ou seja, na prática, é possível sim penalizar quem não responder o Censo.

Porém, a coordenadora conta que os recenseadores são treinados de forma diferente. “Se as pessoas perguntam se é obrigatório, dizemos que existe a lei, mas todos os recenseadores são treinados para trabalhar no campo do convencimento, para mostrar para as pessoas a importância de participar”, completa.

Censo 2022

Com dois anos de atraso por causa da pandemia de covid-19 (em 2020) e falta de recursos (em 2021), os mais de 183 mil recenseadores começaram no último dia 1° de agosto a colher informações para a 13ª edição do levantamento. A previsão é de realizar entrevistas em 89 milhões de endereços, nos 5.568 municípios brasileiros, além do e do Distrito Estadual de Fernando de Noronha.

O orçamento do Censo 2022 tem valor confirmado de R$ 2,3 bilhões, dos quais 80% destinam-se à contratação temporária de profissionais: 211 mil pessoas, sendo 183.021 recenseadores, 18.420 supervisores e 10 mil agentes censitários.

De acordo com o IBGE, os resultados do levantamento revelam as tendências e os parâmetros sobre nascimentos, mortes e migração, indispensáveis para a elaboração de projeções, estimativas populacionais e políticas públicas específicas. O censo é, também, a única fonte de referência nacional para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios, com detalhamento por divisões administrativas de cada prefeitura e, ainda, por áreas urbanas e rurais.

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