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Cotidiano

Caixa pode retomar casas populares de 208 famílias por irregularidades em Campo Grande

Entre aluguéis e vendas irregulares dos imóveis, confira qual residencial é campeão de denúncias
Mariane Chianezi -
Casa Verde e Amarela canguru
Condomínios do Jardim Canguru foram disponibilizados por financiamento do Casa Verde e Amarela. (Foto: Marcos Erminio/Midiamax)

Após as denúncias envolvendo moradias populares no Jardim Canguru entregues durante visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Campo Grande, a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) informou que atualmente são 208 denúncias sendo apuradas em moradias populares pela Econômica Federal. As denúncias vão de aluguéis e vendas irregulares e o residencial campeão de denúncias soma 154 irregularidades.

Conforme o diretor de atendimento, administração e finanças da Amhasf, Cláudio Marques Costa Junior, 39% das denúncias são apuradas pela agência municipal e 61% pela Agehab (Agência de Habitação Popular).

Localizado no bairro Nova , o Residencial Nelson Trad é o campeão de denúncias de irregularidades. Além dele, a Amhasf apura compras e aluguéis indevidos nos residenciais Aero Rancho I e II, Leonel Brizola, José Maksud, Ary Abussafi, Gregório Correia, Vila Fernanda, além do Residencial Rui Pimental I e II, que tem 30 denúncias em investigação.

Marques explica que a maioria das denúncias possui processo, algumas estão em fase de notificação judicial e alguns em reintegração de posse. No entanto, devido a uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que impedia despejos, o andamento dos processos foi ‘congelado’. Mas em 30 de junho a liminar caiu e, com isso, o andamento dos procedimentos seguem automaticamente.

“Hoje, com rescisão e reintegração, são 15 processos em fase final de retomada”, explicou o administrador de finanças da agência.

Vale lembrar que as agências de habitação são responsáveis pela das moradias, mas quem apura e avalia as punições para quem vende ou arrenda os apartamentos populares, é a Caixa Econômica Federal. Se identificado irregularidade, é possível que o morador possa sofrer prejuízos, processo judicial e até mesmo a perda do bem adquirido.

‘R$ 4,5 mil pode vir buscar a chave’

A inauguração mal tinha sido finalizada e alguns moradores do Residencial Canguru, na região sul de Campo Grande, já usavam as para negociar os apartamentos.

Midiamax conversou com uma pessoa que mora na região. O jovem, que não será identificado, está desde ontem oferecendo uma motocicleta em troca de um apartamento. A intenção dele é entregar a moto e assumir as parcelas mensais de R$ 130.

“Estou oferecendo a minha moto desde ontem e já soube que três apartamentos foram vendidos, logo após a inauguração. Ontem eu quase peguei um. O rapaz ‘tava’ querendo R$ 5 mil e, no desespero, vendeu por R$ 3 [mil]. Fui falar com ele novamente e já tinha vendido. Outras duas pessoas que falei já tinham vendido também”, argumentou o rapaz.

Como denunciar?

Em meio às denúncias e investigações de irregularidades em apartamentos populares de Campo Grande, a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) informou como os moradores podem denunciar casos suspeitos de vendas e aluguéis.

Conforme explicou que as denúncias têm que conter as informações necessárias para serem verificadas pela agência, como número do apartamento e bloco. As denúncias podem ser feitas no telefone (67) 3314-3900.

A Amhasf é responsável pela fiscalização das moradias, mas quem apura e avalia as punições para quem vende ou arrenda os apartamentos populares, é a Caixa Econômica Federal. Se identificado irregularidade, é possível que o morador possa sofrer prejuízos, processo judicial e até mesmo a perda do bem adquirido.

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