Em meio às denúncias de irregularidades no Residencial Canguru, entregues na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em , a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), identificou 30 casos de venda e alugueis em outro residencial popular de Campo Grande.

Segundo diretor de atendimento, administração e finanças da Amhasf, Cláudio Marques Costa Junior, em um ‘', foram identificadas 30 irregularidades no residencial Rui Pimentel I e II, entregue em 2019.

“Nas denúncias sobre o residencial Canguru não identificamos nenhuma irregularidade. Mas fizemos um pente-fino no Rui Pimentel, com 240 apartamentos, e foram identificados 30 irregularidades. Entre venda de apartamentos e aluguéis”, disse.

Marques explica que o papel da agência é fiscalizar, mas quanto às providências sobre os flagrantes quem toma é a Econômica Federal. “Encaminhamos um ofício para a Caixa dos últimos levantamentos que realizamos, para que possam dar um posicionamento das providências”, explicou.

Se identificado irregularidade, é possível que o morador possa sofrer prejuízos, processo judicial e até mesmo a perda do bem adquirido.

‘R$ 4,5 mil pode vir buscar a chave'

A inauguração mal tinha sido finalizada e alguns moradores do Residencial , na região sul de Campo Grande, já usavam as redes sociais para negociar os apartamentos.

O Midiamax conversou com uma pessoa que mora na região. O jovem, que não será identificado, está desde ontem oferecendo uma motocicleta em troca de um apartamento. A intenção dele é entregar a moto e assumir as parcelas mensais de R$ 130.

“Estou oferecendo a minha moto desde ontem e já soube que três apartamentos foram vendidos, logo após a inauguração. Ontem eu quase peguei um. O rapaz ‘tava' querendo R$ 5 mil e, no desespero, vendeu por R$ 3 [mil]. Fui falar com ele novamente e já tinha vendido. Outras duas pessoas que falei já tinham vendido também”, argumentou o rapaz.