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Cotidiano

Assim como Claudia Raia, Maria realizou sonho de ter filho após os 50: ‘Tive as experiências de uma mãe jovem’

Maria de Fátima deu à luz Miguel com 53 anos de idade; filho ajudou a superar depressão
Thalya Godoy -
Mária de Fátima sempre sonhou em ter filhos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde menina, Maria de Fátima de Souza Ferreira, atualmente com 56 anos, sonhava em ser mãe. Foi babá aos 10 anos, cuidava de crianças e desejava ter muitos filhos. Casou-se aos 20 anos, mas não conseguiu engravidar na época. Tempos depois se separou e, aos 45 anos, começou a investir no sonho de ser mãe com o processo de fertilização.

Foram mais alguns anos para que a gestora ambiental engravidasse. Com 20 dias antes do aniversário de 54 anos de Maria, Miguel veio ao mundo, saudável, pesando 3,5 kg e com 52 cm. “Pedi para Deus me ajudar nesse sonho de ter filho. Biologicamente falando a mulher é muito fértil até uma idade, mas sou uma mulher moderna e me agarrei à ciência, nessa jornada as tentativas são imensas e a minha busca foi obstinada”, garante Maria. 

A gestora ambiental relembra que engordou 7,5 quilos durante a gestação, considerada de risco devido à idade, mas que Maria classifica como tranquila, atribuída à rotina de exercícios e alimentação saudável que teve durante a vida. “Nesse momento praticamente eu me isolei porque a sociedade não está preparada para te acolher em uma tardia, as pessoas me falavam que ele iria nascer com problemas, mas não liguei, foquei na minha gravidez”, recorda.

Miguel nasceu com 37 semanas, em um parto de cesárea que durou cerca de 40 minutos. O nascimento foi antecipado porque Maria foi ao ginecologista e verificou que estava com pouco líquido e decidiu fazer o parto, mesmo podendo esperar. “Eu tinha marcado até depilação no dia, mas consegui vaga na maternidade e fui. Não senti medo, minha pressão ficou em 12 por 7, fiquei acompanhando o parto. Quando fui para o quarto já me sentia bem. Até um corte na barriga era maravilhoso porque tinha o meu bebê”, afirma a mulher.

A durou um dia e depois foi para casa. Ao contrário dos comentários que diziam que não teria leite, Maria amamentou Miguel até os 11 meses, quando ele passou a se interessar mais pela mamadeira e outros alimentos. Após o nascimento, o médico receitou por sete dias um medicamento que estimula a lactação e deu certo já no segundo dia. “Com praticamente 54 anos eu tive quase todas as experiências de uma mãe mais jovem. Ele nasceu perfeito, um presente de Deus”, classifica.

Maria teve o primeiro filho aos 53 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Depois de dois meses do parto, a pandemia de Covid-19 chegou. Ficou reclusa em casa, imersa na rotina de cuidar do primeiro filho. Maria percebeu que seu humor estava diferente. Ficava irritada, ansiosa, procurando se manter ocupada com limpeza e, mesmo feliz com seu filho, se sentia culpada por não aproveitar completamente a maternidade. 

Ficou nesse estado por dois anos até que procurou um psicólogo e descobriu que teve depressão do tipo distimia, em que o paciente apresenta mau-humor constante e de difícil relacionamento, além de outros sintomas. 

“Quando procurei ajuda eu já tinha saído do quadro de depressão, e acredito que o que me deu forças foi o meu filho que impulsionou para a cura. A maternidade tem um poder transformador enorme sobre nós. Hoje faço terapia e espero não voltar a isso, eu quero estar totalmente plena para o meu filho”, classifica a mãe do Miguel.

Quais são os riscos de ser mãe aos 50 anos?

A gravidez aos 55 anos da atriz Cláudia Raia, anunciada no início desta semana pelas redes sociais, levantou uma discussão sobre os riscos da maternidade tardia e quão raro é esse acontecimento na fase da menopausa. “Não é novidade nosso sonho de sermos pais! E não é que se realizou? Eu e o Jarbas [marido de Cláudia Raia] estamos grávidos”, revelou a atriz pelo Instagram.

De acordo com o ginecologista e especialista em reprodução assistida, Antonio Miziara, de 41 anos, são poucas as chances de uma mulher engravidar após os 50 anos com óvulos próprios, em torno de 1 a cada 3 mil. 

“Entre os riscos dessa gravidez inclui o aumento de chances de ter gestacional, aborto, parto prematuro e que o bebê tenha alguma síndrome”, explica o médico. 

O especialista afirma que nessa faixa etária a orientação é que a fertilização seja feita com óvulos doados e espermatozóide do marido ou embriões doados. A taxa de sucesso na fecundação varia conforme idade e estoque de óvulos da mulher e, ao todo, o tratamento custa em torno de R$ 20 mil. 

“A principal dica para quem deseja ter uma maternidade tardia é ter hábitos saudáveis, com sono e alimentação adequada e atividades físicas regulares”, recomenda.

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