Após a reclamação da troca de bobó por bolacha no cardápio da Escola Estadual Professor Silvio de Oliveira dos Santos, o diretor adjunto Leandro Colombo Pedrini informou, neste sábado(2), que a unidade aguarda a entrega dos alimentos para merenda por aprovação no processo de licitação da SED (Secretaria Estadual de Educação). A escola ressaltou que os pais foram informados da mudança durante uma reunião no dia 26 de março.

Pedrini esclarece que foi realizado um pregão do dia 26 de março, a direção realizou o procedimento de documentos necessários da licitação e enviou na última quinta-feira (30). Desde então, aguardam a análise do setor jurídico da secretária. Só após o término desse processo é que a unidade poderá adquirir os alimentos para a merenda escolar.

“Todo início de ano temos que fazer essas adequações no cardápio até que o processo de licitação seja concluído. Acreditamos que até o final da próxima semana o processo já esteja concluído e o cardápio possa ser cumprido rigorosamente. O processo de licitação é muito burocrático. Para iniciarmos precisamos aguardar a publicação do preço referência dos alimentos e a inserção desses valores no sistema cheffescolar”.

O responsável explica que o procedimento de análise dos preços aconteceu no início de fevereiro por necessitar esperar a iniciação de compra dos alimentos da agricultura familiar. “A chamada pública tem que ficar aberta por 20 dias, somente após esse prazo podemos abrir as propostas. Após a chamada pública, temos que iniciar a aquisição do restante dos alimentos através de um pregão presencial. O edital do pregão deve ficar mais 8 dias úteis aberto”, ressaltou.

R$ 0,45 por aluno

A escola citada tem matriculado cerca de 1.150 alunos atualmente e recebe 105 mil para compra da merenda para durar 200 dias letivos. O diretor explica que a unidade tem administrado cuidadosamente do lanche dos estudantes, garantindo qualidade e sabor, depois de dois anos sem aulas presenciais.

“Nós recebemos R$ 0,45 por dia para cada aluno. Alguns pais acham que recebemos um rio de dinheiro para fazer o lanche. [Temos] mais ou menos R$ 500 por dia para fazer lanche para mais de mil alunos, e mesmo assim conseguimos fazer um lanche de boa qualidade”.

Avó de uma aluna de 15 anos que estuda na escola, Maria José Pires, rebateu a reclamação questionando que só recebe elogias da neta quanto ao que come na unidade. “Ela sempre que chega em casa fala muito bem do lanche da escola, diz que sempre tem uma fila enorme para o lanche, pois os alunos gostam muito”.

Uma funcionária, que preferiu não se identificar, garante que os alunos são tratados com carinho. “Nossa escola é a melhor da região. Temos todas as salas com ar condicionado, três salas de informática funcionando, sala de judô, sala de arte, sala de vídeo, sala biblioteca, laboratórios de biologia, química, matemática, eletrônica. Cursos de Games e Mecatrônica. Quadra coberta, quadra de Beach tênnis e tênis. Temos câmeras em todas as salas, pátios e quadras. Ao total 48 câmeras, até no ponto de ônibus temos câmeras. As cozinheiras dos três turnos trabalham com amor. E cardápio é flexível como um planejamento de professor em sala”.

Caso

A mãe de uma das alunas do período vespertino, que prefere não se identificar, aponta que a substituição da comida do cardápio vem acontecendo com frequência. De acordo com cardápio para Ensino Médio e Educação Básica da escola, a merenda desta sexta-feira (1) deveria ser bobó de frango e arroz, mas o que foi entregue aos alunos foi bolacha e um copo de leite com achocolatado.

A aluna fez imagens do cardápio ressaltando a expectativa X realidade.