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Cotidiano

Santa Casa suspende cirurgias eletivas e atende só casos de urgência e emergência

Santa Casa informou que não houve reajuste em contrato com município
Karina Campos -
santa casa
Fachada da Santa Casa de Campo Grande (Foto: Arquivo, Midiamax)

Com impasse no contrato da Santa Casa de Campo Grande a Prefeitura Municipal, o informou, nesta terça-feira (2), que suspenderá todos os procedimentos que não se caracterizam como urgência e emergência, além de deixar de atender novos pacientes ambulatoriais e de cirurgias eletivas.

A decisão terá validade após 48 horas do comunicado. Em nota, a Santa Casa disse que sem o reajuste no contrato de prestação de serviços médico-hospitalares, a unidade registra crise de desabastecimento, e a decisão visa evitar a suspensão imediata do atendimento à população e preservar a assistência da Urgência e Emergência,

O documento assinado pelo presidente do hospital, Heitor Rodrigues Freire, frisa que a unidade espera que a prefeitura tome as providências urgentes para evitar o agravamento da situação.

Crise na Santa Casa

O hospital havia emitido um alerta, na última quinta-feira (28), de situação de desabastecimento gerada pelo desequilíbrio econômico-financeiro mensal do contrato com a (Secretaria Municipal de Saúde). Na data, informou que não houve reajuste, conforme a receita e custos atuais, desde 2019, entretanto, o município diz que a inadimplência da unidade de saúde seria de décadas. Mediada pelo Ministério Público Estadual da Saúde, houve uma reunião entre a secretaria e a direção do hospital, na última quarta-feira (27), para debater a questão e pedido de manutenção nos valores repassados pelo município, entretanto, não houve consenso na viabilização dos recursos.

Em contrapartida, a Sesau havia esclarecido que a reunião aconteceu como medida de intermediação, sendo que pela quarta vez seguida o hospital não assinou o contrato do termo aditivo. Outro ponto informado pelo município seria de que o hospital tem R$ 510 milhões em dívidas, que seria resultado de inadimplências recorrentes há décadas, não sendo de responsabilidade do município de arcar com estes valores.

“Anteriormente, a direção do hospital havia concordado com os termos do contrato e, subitamente, voltou atrás, recusando as condições e serviços exigidos pelo município. Além disso, a gestão pede um reajuste de valores de 110%, enquanto, em contraproposta a Sesau solicitou equiparação dos valores pagos pela Prefeitura, que arca com 60% dos repasses ao hospital, e do Estado, que hoje tem como responsabilidade 40% dos valores que são encaminhados à , sendo esta novamente recusada”.

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